A Polícia Civil de Minas Gerais revelou que 10 mulheres já foram até a delegacia do estado denunciar o médico mastologista Danilo Costa, de 46 anos,
A última denúncia foi recebida nesta sexta-feira (7). De acordo com o delegado João Martins Teixeira, responsável pela investigação, todas as vítimas têm entre 35 e 52 anos e sofreram os abusos dentro da unidade hospitalar.
Abusos aconteciam ao menos desde 2015
Teixeira diz que os abusos acontecem, pelo menos, desde 2015. Das 10 mulheres que já compareceram à delegacia, cinco eram pacientes de Danilo e cinco eram funcionárias do hospital em que ele prestava serviço.
Em relação às colegas de trabalho, a polícia afirma que os crimes sexuais aconteciam sempre que o hospital estava vazio, às escondidas e sem nenhuma testemunha presente.
Já entre as pacientes, algumas sequer perceberam que haviam sido vítimas de um abuso durante a consulta. Elas só entenderam o que havia acontecido após irem em outro médico e descobrirem que aquele procedimento não era normal.
‘Acreditava na impunidade’
O delegado afirma que Danilo não ameaçava as vítimas para evitar que elas o denunciasse. A atitude, segundo ele, revela que o médico acreditava que não seria punido pelos crimes. “Ele acreditava que a impunidade viria através do status e que isso nunca chegaria ao conhecimento das autoridades”, diz.
Segundo Teixeira, a polícia tentou ouvir Danilo duas vezes: uma antes e outra depois dele ser preso. No entanto, o mastologista permaneceu em silêncio em ambas as oportunidades.
O inquérito que investiga as condutas criminosas do médico será encerrado até a próxima quarta-feira (12). O delegado afirma que a PC ainda não tipificou os crimes pelos quais Danilo será indiciado. Mas é possível dizer que serão crimes sexuais, como estupro, assédio e importunação sexual.
A polícia também apreendeu dois celulares do suspeito, que estão sendo periciados. Teixeira destaca também a importância de que as vítimas que ainda não denunciaram o médico compareçam a uma delegacia mais próxima.
“A intenção da policia é deixar as mulheres cada vez mais a vontade para procurar a delegacia e relatar qualquer violência sofrida em relação a esse caso”, ressalta.