A médica neurologista Cláudia Soares Alves, de 42 anos,
Cláudia Alves foi indiciada pela Polícia Civil do Estado de Goiás pelos crimes de tráfico de pessoas e falsidade ideológica em agosto do ano passado. As investigações apontaram que a médica neurologista usou um nome falso para entrar no hospital e aproveitou da condição de professora universitária da instituição para entrar no local sem levantar suspeitas dos servidores.
Conforme a decisão publicada nesta quarta-feira (3), Cláudia Alves foi demitida com base em conduta tipificada nos artigos 116 (III e IX), 117, (IX) e 132 ( I e XIII) da Lei n. 8.112/90, que determinam os deveres, as proibições e as sanções para servidores públicos. De acordo com a portaria, a demissão de Cláudia Alves acontece em razão de crime contra a administração pública.
Ainda segundo a portaria, a médica neurologista falhou nos deveres de “observar as normas legais e regulamentares” e “manter conduta compatível com a moralidade administrativa”. Já as falhas da servidora foram enquadradas no inciso “valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública”.
A Itatiaia entrou em contato com a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e aguarda retorno. O conteúdo será atualizado quando a instituição responder.
O que aconteceu?
Por volta de meia-noite do dia 22 de julho de 2024, uma recém-nascida
A mulher falou com a mãe que levaria a bebê para se alimentar, uma vez que, de acordo com a própria mãe, ela estava tendo dificuldade para amamentar. Por acreditarem que a suspeita realmente era pediatra, a mãe e o pai permitiram que a bebê fosse levada.
Horas depois, a sequestradora e a criança foram encontradas em Itumbiara, em Goiás, cerca de 134 km da cidade onde o crime ocorreu. Ainda segundo as investigações, o crime foi premeditado e a neurologista planejou o sequestro meses antes.
“Ela divulgou, falsamente, para familiares e amigos que estava grávida; comprou enxoval para bebês e procurou, em outros estados da federação, crianças aptas a serem adotadas ilegalmente por ela, utilizando, nessa última conduta, de fraude e aliciando pessoas vulneráveis para entregarem seus recém-nascidos”, disse a corporação.
* Sob supervisão de Marcello Pereira