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‘Incompreensível e revoltante’, diz amiga no velório da professora Soraya Tatiana, encontrada morta na Grande BH

Soraya Tatiana Bonfim França trabalhava no Colégio Santa Marcelina, em Belo Horizonte, e foi encontrada morta, aos 56 anos, nesse domingo (20)

‘Incompreensível e revoltante’, diz amiga no velório da professora Soraya Tatiana, encontrada morta na Grande BH

Acontece em Belo Horizonte, na noite desta segunda-feira (21), o velório da professora Soraya Tatiana, encontrada morta nesse domingo (20) em Vespasiano, na Região Metropolitana.

Soraya Tatiana Bonfim França, de 56 anos, trabalhava, desde 2017, como professora de História dos 7º e 9º anos no Colégio Santa Marcelina, localizado na regional da Pampulha, e era uma profissional querida por colegas e estudantes.

Em entrevista à Itatiaia, Emmeline Mati, amiga e colega de profissão da vítima, afirma que o falecimento dela “está doendo muito”. “É incompreensível e revoltante. Trata-se de um crime que a gente sabe, e precisa caracterizar, como feminicídio. Ela morreu por ter nascido mulher”, diz.

“Ela foi uma pessoa de referência para mim. De inteligência, capacidade e competência muito grandes. É uma educadora nata e uma pessoa extremamente doce, que se relacionava bem com todos”, conta a amiga.

Outra colega de trabalho, a professora Jane Teixeira fala sobre Soraya Tatiana: “Ela era uma mulher muito romântica, muito sonhadora, muito da paz e muito do bem. Era uma professora numa sala de aula construindo um futuro melhor e acreditando num cidadão melhor”.

O velório começou às 17h30 de hoje e é realizado no Cerimonial Santa Casa BH, no bairro Santa Efigênia, na regional Leste de Belo Horizonte.

Professora encontrada morta

O corpo de Soraya Tatiana Bonfim França, de 56 anos, foi encontrado, nesse domingo (20), em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) foi acionada por uma denúncia anônima.

A vítima estava tampada parcialmente por um lençol, vestia somente a parte superior das roupas, tinha sinais de violência e estava sem documentos de identificação. O filho a reconheceu no Instituto Médico Legal (IML).

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Soraya Tatiana estava desaparecida desde a noite de sexta-feira (18). Segundo a família, ela havia sido convidada para uma festa de aniversário, mas informou que não compareceria por estar passando mal.

No sábado (19), o filho tentou contato por mensagens, que não chegaram a ser visualizadas. Diante da ausência de resposta, ele pediu que uma tia, moradora do mesmo prédio, fosse até o apartamento da professora. Como ninguém atendeu, a família acionou um chaveiro e entrou no imóvel, mas Soraya Tatiana não estava lá.

O apartamento não apresentava sinais de arrombamento ou violência. O carro permanecia na garagem, mas o celular, os óculos e as chaves da professora haviam sumido.

Caso é investigado

No boletim de ocorrência, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) registrou ainda não haver “nenhuma informação acerca de autoria e/ou de motivação do crime”.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou, nesta manhã, que o corpo passou por exames no Instituto Médico-Legal (IML) Dr. André Roquette, em Belo Horizonte, e foi liberado aos familiares após os procedimentos.

“A PCMG aguarda a conclusão de laudos periciais que irão atestar as circunstâncias e a causa da morte”, afirma a corporação por meio de nota enviada à Itatiaia.

Formado em jornalismo pela PUC Minas, foi produtor do Itatiaia Patrulha e hoje é repórter policial e de cidades na Itatiaia. Também passou pelo caderno de política e economia do Jornal Estado de Minas.
Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia, escreve para Cidades, Brasil e Mundo. Apaixonado por boas histórias e música brasileira.