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Idosa que caiu em ônibus que saiu de Caldas Novas para BH consegue vaga e deve ser operada

Filha da idosa diz que a mãe deve ser operada nos próximos dias

Gislene Isabel Bernardo, de 63 anos, precisa ser operada com urgência

A idosa Gislene Isabel Bernardo, de 63 anos, foi transferida, na noite dessa segunda-feira (23), do Odilon Behrens para o hospital São Francisco, onde deve passar por cirurgia na coluna cervical. A transferência ocorreu horas após a filha dela, a assistente administrativa Gisele Cristina, 43 anos, relatar na Itatiaia que a mãe sofreu uma queda da escada de um ônibus da empresa Jasmin Turismo na última quinta-feira (12) , quando embarcava de Caldas Novas para Belo Horizonte, onde foi atendida inicialmente no Pronto-Socorro João XXIII, passou por uma tomografia e não teria tido o diagnóstico de fratura confirmado, mesmo com exame apontando a lesão.

“Ela foi transferida ontem à noite (segunda-feira -23) para o Hospital São Francisco. Hoje pela manhã meu esposo falou que a médica já passou, perguntou tudo que tinha acontecido com ela, como foi a queda e pegou o exame que ela fez lá no João XXIII. Ela vai solicitar os exames que ela fez no hospital Odilon Behrens, porque eles não enviaram. A médica disse que, até o final da semana, a cirurgia da mãe será realizada”, disse Gisele.

Conforme a filha, a queda ocorreu por volta das 9h30, quando a mãe retornava de um passeio organizado pelo grupo da terceira idade Cruz de Malta. Ao embarcar no ônibus de dois andares, ela foi acomodada no segundo andar e sofreu uma queda da escada até o piso inferior. A filha explica que, mesmo ferida, a mãe foi recolocada na poltrona e a execução seguiu viagem. A mãe chegou a Belo Horizonte apenas às 23h30 da noite, com dor na nuca e no braço, e só então a filha foi informada sobre a queda.

A idosa foi levada ao Hospital João XXIII à meia-noite, mas só foi atendida às 9h30 da manhã do dia 14, permanecendo cerca de 24 horas sem atendimento médico adequado. No João XXIII, uma tomografia foi realizada, e o médico informou à família que não havia nenhuma fratura, prescrevendo medicamentos para dor.

Gislene voltou para a casa. No entanto, começou a sentir fortes câimbras nos braços, o que levou a família a levá-la ao hospital Odilon Behrens. Lá, refizeram os exames e, ao analisar a tomografia feita no João XXIII, foi constatada a fratura na cervical C5 e C6. Segundo Gisele, a fratura já estava visível na tomografia inicial. “Se houvesse sido dada a devida atenção no primeiro hospital, a cirurgia poderia ter sido realizada no mesmo dia”, avalia a filha.

O que diz a Fhemig?

Em nota, a Fhemig alegou que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o sigilo médico impedem a divulgação sobre informações do prontuário da paciente. “Somente a paciente ou seu responsável legal podem acessar essas informações. A orientação é que esclareçam o atendimento pessoalmente no Hospital João XXIII”, diz o texto.

O que diz a PBH?

Já a Prefeitura de Belo Horizonte informo que a paciente estava cadastrada na Central de Internação do município (CINT) para transferência hospitalar. “O sistema é dinâmico e funciona 24 horas, sete dias da semana. Quando a solicitação chega, o quadro clínico do paciente é avaliado por um médico regulador e, de acordo com a disponibilidade de vagas, o paciente é encaminhado para o hospital”.

O que diz a Jasmim turismo?

A Jasmim Turismo informa que a queda ocorreu quando o ônibus se encontrava estacionado em frente ao hotel onde todos estavam hospedados. “Diante da queda, nossos motoristas tomaram os cuidados necessários e cabíveis naquele momento. Por inúmeras vezes nossa equipe se prontificou a encaminhar a senhora Gislene ao hospital para que a mesma pudesse receber atendimento médico, sendo que a passageira se recusou a tanto. Já na data de 18 de junho de 2025, fomos acionados pela senhora Gizele, filha da senhora Gislene nos dando conta do estado de saúde da mesma. A seguradora foi acionada e, desde o dia 18, nossa empresa vem prestando toda a assistência possível. Contudo, agora por questões documentais nos encontramos aguardando o retorno da seguradora. Esperando termos esclarecido a situação nos colocamos à disposição”.

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Jornalista formado pela Newton Paiva. É repórter da rádio Itatiaia desde 2013, com atuação em todas editorias. Atualmente, está na editoria de cidades.