Belo Horizonte acende um sinal de alerta para os casos de pneumonia. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, duas pessoas morrem por dia, em média, em decorrência da doença na capital. De janeiro até agora, mais de 5 mil pessoas já foram internadas com o diagnóstico.
Os números elevados, tanto de internações quanto de óbitos, preocupam as autoridades. Apesar de estar frequentemente associada ao inverno, a pneumonia não é causada diretamente pelo frio — por isso, casos são registrados durante o ano todo em BH.
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Além disso, infecções respiratórias mal tratadas, como gripes e resfriados, podem evoluir para quadros mais graves, como explica o médico Paulo Roberto Corrêa, diretor de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de BH:
“A pneumonia acontece o ano inteiro. Algumas pessoas não precisam ser internadas, mas os grupos mais vulneráveis — como crianças menores de 1 ano e idosos acima de 60 — têm maior risco de desenvolver formas graves e precisar de hospitalização.”
Vacinação é uma das principais formas de prevenção
O médico reforça que algumas pneumonias, principalmente as causadas por vírus, podem ser prevenidas com vacinas, como a da gripe (influenza) e da COVID-19.
"É fundamental verificar o cartão de vacinas e manter as doses em dia. A vacina da gripe e a da COVID são essenciais para evitar formas graves da doença”, afirma.
Além da imunização, medidas simples também ajudam na prevenção, como manter os ambientes bem ventilados, evitar contato com pessoas com sintomas gripais, utilizar máscaras em casos de infecção e manter uma alimentação saudável e rotina de atividade física.
Sintomas exigem atenção
Os sinais mais comuns da pneumonia incluem febre, tosse, dor no corpo, dor de cabeça e cansaço progressivo. Em casos mais graves, o paciente pode apresentar prostração e até confusão mental.
“Ao perceber os primeiros sintomas de um quadro respiratório, é importante procurar imediatamente uma unidade de saúde para avaliação e tratamento adequado”, alerta Paulo Corrêa.