A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou, nesta segunda-feira (13), que a delegada Ana Paula Balbina, esposa de Renê da Silva Nogueira Júnior — que confessou o assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes — foi submetida a uma nova perícia e recebeu outra licença médica, pelo prazo de 60 dias.
A primeira licença iniciou em 13 de agosto, também com duração de 60 dias, e foi concedida para tratamento de saúde no hospital da corporação. O quadro clínico da delegada não foi atualizado.
Leia mais sobre o caso:
Gari morto em BH: depois de Harvard, faculdade importante nega histórico de suspeito Gari morto em BH: criminóloga explica o que é ‘condutopatia’ e aponta sinais do suspeito Morte de gari em BH: ficha criminal de Renê Júnior no RJ é divulgada; veja Morte de gari: advogado diz que há provas contundentes para indiciar Renê Júnior Advogado da família de gari morto pede bloqueio de bens de suspeito e de delegada Gari morto em BH: arma usada no crime é de delegada da PC, dizem fontes
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)
Por isso, o órgão encaminhou à Justiça a proposta de um acordo de não persecução penal, com o processo dela sendo desmembrado do marido. Além disso, o MP solicitou que a Justiça analise o pagamento de uma indenização de, no mínimo, R$ 150 mil à família de Laudemir.
De acordo com publicação da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), em outubro de 2024, Ana Paula atuava na Casa da Mulher Mineira, unidade policial inaugurada pela Polícia Civil em março de 2022. Ela também é autora do livro “Violência Doméstica e Políticas Públicas de Enfrentamento”.
O crime
A vítima trabalhava na coleta de lixo quando Renê Júnior, que dirigia um BYD de cor cinza, que seguia no sentido contrário, se irritou, alegando que o veículo atrapalhava o trânsito.
Armado, Renê apontou a arma para a motorista do caminhão e ameaçou atirar no rosto dela. Ele seguiu, passou pelo caminhão, desceu do carro com a arma em punho, deixou o carregador cair, o recolocou e atirou contra o gari.
A bala atingiu a região das costelas do lado direito, atravessou o corpo e se alojou no antebraço esquerdo. Renê foi preso horas depois, ao chegar a uma academia de alto padrão na Região Oeste de BH.