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Comércio de BH prevê aumento nas vendas do Dia dos Pais, mesmo com presentes mais baratos

Com otimismo nas vendas, lojistas apostam que as camisas do Cruzeiro de 1992 e do Galo de 1994 estarão entre os itens mais vendidos

Vestuário lidera vendas no Dia dos Pais 2025

O Dia dos Pais está chegando e a expectativa do comércio é alta. A data é uma das mais importantes para o varejo no segundo semestre, ao lado do Dia das Crianças e do Natal.

Segundo Gabriela Martins, economista da Fecomércio Minas, o setor está otimista com o desempenho em 2025. “A data movimenta cerca de 74,4% do comércio varejista do estado. Muitos empresários esperam que as vendas deste ano superem as do ano passado, que já foram melhores que as de 2023. Além da importância simbólica, o volume de vendas no Dia dos Pais tem crescido ano após ano”, explica.

De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio, o Dia dos Pais de 2025 deve ser o melhor desde 2014. O aumento das vendas já está sendo sentido por lojistas, segundo Gabriela. “Os dados refletem o otimismo do setor, mas também já estamos ouvindo dos empresários relatos de crescimento expressivo no movimento”, afirma.

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Setores como o de vestuário estão entre os mais procurados nesta época. Anderson Maciel, dono de uma loja especializada em camisas antigas de futebol, aposta no bom momento dos clubes mineiros para alavancar as vendas.

“Estamos esperando um Dia dos Pais mais aquecido, principalmente com o Cruzeiro em boa fase. Aqui na loja Minas Retrô, as camisas mais vendidas são a do Cruzeiro de 1992 e a do Atlético de 1994. É aquele presente que representa a paixão que o pai passa para o filho”, conta.

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Patrícia Leone, sócia de uma loja de roupas masculinas e femininas, também aposta na diversidade de produtos como diferencial para atrair clientes. “Investimos bastante e acreditamos muito nessa data, que é tão importante para o varejo. Como atendemos toda a família — do infantil ao adulto — o cliente já aproveita para comprar para todos de uma vez. Além disso, temos estacionamento, o que facilita ainda mais” destaca.

Apesar do otimismo, fatores como o superendividamento das famílias, a perda do poder de compra e a insegurança econômica devem impactar o valor médio dos presentes, estimado entre R$ 70 e R$ 200.

Mesmo assim, os lojistas estão preparados para negociar. “Somos uma loja multimarcas, outlet, então sempre tem algo acessível. Facilitamos no crediário e, se o cliente pechinchar, claro que conseguimos um desconto. O importante é não perder a venda”, diz Patrícia.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.