Sete pessoas precisaram de atendimento de urgência após uma operação flagrar condições degradantes em um centro de reabilitação clandestino na zona rural de Ipoema, distrito de Itabira, no Vale do Aço. O local foi interditado na última sexta-feira (18) e três responsáveis foram presos em flagrante.
A ação foi realizada por órgãos como o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Polícia Militar, Samu, Vigilância Sanitária e Assistência Social. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (25).
Leia também:
Segundo o MP, cerca de 50 internos eram mantidos contra a vontade, em condições degradantes. Alguns eram obrigados a dormir em baias destinadas a animais.
Durante a fiscalização, os agentes encontraram um “coquetel de sedativos”, apelidado de “Danoninho”, usado para manter os pacientes em estado de letargia. Laudos preliminares apontaram sinais de intoxicação e desidratação entre os internos.
As famílias pagavam cerca de R$ 2 mil por mês pelo suposto tratamento — muitas sem saber das reais condições do local.
Ao menos sete pessoas precisaram de atendimento de urgência e foram levadas ao Pronto-Socorro de Itabira. Todos os pacientes passaram por avaliação médica, e os que não foram hospitalizados foram entregues às famílias.
A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar crimes como sequestro, cárcere privado, maus-tratos, exercício ilegal da medicina e associação criminosa. Também será investigado se outras pessoas participaram do esquema.