Dois anos se passaram desde o início do mistério que envolve aquele que já é considerado o mais longo sequestro da história policial de Minas Gerais: o caso Evellyn Jamsim. A menina, que tinha 8 anos, foi levada à força na noite de 21 para 22 de junho de 2023, no bairro General Carneiro, em Sabará.
Criminosos fortemente
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O corpo de Ana Raquel foi encontrado apenas na noite do dia seguinte, abandonado às margens da BR-040, em Contagem.
Acusações nas redes sociais
A principal
Max foi preso em uma operação conjunta das Polícias Militares de Minas Gerais e São Paulo, em setembro de 2023. Fontes ligadas à investigação afirmam que ele negou veementemente qualquer envolvimento no sequestro da criança. Sildirley também nega participação no crime.
‘A gente já não vive mais’
A equipe de reportagem tentou contato com familiares do lado materno, mas todos se mostraram muito assustados e, até hoje, preferem não dar entrevistas. Quem resolveu quebrar o silêncio foi Regina Acácio, mãe de Sildirley e avó paterna de Evellyn. Ela fala com emoção sobre os dois anos de desaparecimento da neta:
“Completaram dois anos que minha neta Evellyn está desaparecida, e não está sendo fácil para nossa família. A gente já não vive mais, a gente apenas vegeta, porque vive preocupada, sem saber se ela está bem, onde está, como está… Não é fácil. Então, se alguém souber de alguma coisa, se viu ela em algum lugar, por favor, faça uma denúncia. Precisamos encontrar a Evellyn. Quando ela desapareceu, ela tinha 8 anos. Agora já completou 10. O que estamos passando, não desejo para ninguém.”
Questionada sobre as suspeitas contra o próprio filho, Regina é enfática:
“Quem acha que meu filho está por trás disso, está errado. Ele não tem nada a ver com esse crime, nada mesmo. Jamais faria isso. Jamais ele mataria a mãe dos filhos dele, por quem ele tinha uma grande adoração. E muito menos desapareceria com a filha, que é a primogênita dele. Jamais faria isso.”
A investigação da Divisão Antissequestro (DAS) do Departamento Estadual de Operações Especiais (DEOESP) continua em andamento. A Polícia Civil não divulga detalhes para não comprometer as apurações.
No entanto, nossa reportagem apurou que já foram realizadas diligências em quatro estados, com 17 oitivas, diversas entrevistas, mais de 12 mil quilômetros percorridos, ações em 20 municípios de Minas Gerais e análise de inúmeras imagens de câmeras de segurança.