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Açougueira que vendia carnes nobres como mais baratas tem justa causa mantida em MG

A ex-funcionária alegou que foi perseguida pela gerente depois de um erro pontual na pesagem de carnes; supermercado afirmou que ela admitiu ter cometido o erro diversas vezes - sempre com os mesmos clientes

Atitude favorecia alguns clientes e causava prejuízo financeiro ao supermercado

A Justiça do Trabalho em Minas manteve a demissão por justa causa de uma funcionária de supermercado flagrada pelas câmeras de segurança pesando carnes mais caras, como picanha, com o código de peças mais baratas, como coxão mole. Segundo a empresa, que fica em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, a atitude favorecia alguns clientes e causava prejuízo financeiro ao supermercado. As informações foram reveladas pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG) nesta quinta-feira (24).

A funcionária alegou que foi perseguida pela gerente depois de um erro pontual na pesagem de carnes, que ela classificou como um “equívoco”. Disse ainda que passou a ser constantemente vigiada e punida, e que a penalidade foi exagerada. Ela pediu a anulação da justa causa e o pagamento de direitos como se tivesse sido demitida, além de uma indenização por danos morais.

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O supermercado, por outro lado, afirmou que a ex-funcionária admitiu ter cometido o erro diversas vezes, sempre com os mesmos clientes, o que ficou comprovado por imagens e relatos de outros empregados.

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Entre as provas, um vídeo mostra a ex-empregada atendendo um conhecido, cortando carne e pesando coxão mole com o código de paleta bovina — que é mais barata. Os valores mostrados na balança indicam diferença de R$ 4 por quilo. Uma colega de trabalho confirmou que viu essa troca de códigos acontecer pelo menos três vezes e disse acreditar que os erros foram intencionais. Segundo ela, alguns clientes até preferiam ser atendidos pela funcionária em questão.

Para o juíz, ela já conhecia bem os códigos das carnes e agiu de forma consciente, o que caracteriza má-fé. Assim, o magistrado manteve a demissão por justa causa.

A funcionária recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), que ainda vai julgar o caso.

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