O Hospital Risoleta Neves, que fica na região norte de Belo Horizonte, está enfrentando uma grave crise de superlotação, resultando em restrições significativas no atendimento aos pacientes. A unidade anunciou que o pronto-socorro atenderá somente casos classificados como
Apesar do comunicado, muitas pessoas continuam buscando atendimento no hospital, enfrentando longas horas de espera e um cenário caótico. Pacientes relatam esperas de até 12 horas sem atendimento, mesmo após passarem pela triagem inicial.
12 horas de espera
Augusto Ivã, um dos pacientes entrevistados, chegou ao hospital às 9h30 da manhã com fortes dores de cabeça. Após 12 horas de espera, ele ainda não havia recebido atendimento. ''Só passei na triagem e, no momento, eles falaram que não vão atender ninguém, que lá dentro está super cheio’’, relatou Augusto.
Outra paciente, Thalia Marques, expressou sua frustração com a situação: ''É muito descaso com a gente... Tem gente que chega aí caindo, desmaiado e só chega na triagem, bota para sentar aqui fora e manda aguardar, fica difícil”.
Atendimento normalizado
O Hospital Risoleta Tolentino Neves informou que no fim da noite de segunda-feira (28), o atendimento aos pacientes na porta do Pronto-Socorro foi retomado gradualmente.
“Neste momento, além dos casos de emergência e muito urgentes, as demandas não-críticas estão sendo atendidas, seguindo prioridade clínica estabelecida pela triagem”, disse.
Segundo o hospital, para a retomada dos atendimentos foram adotadas todas as medidas previstas no Plano de Capacidade Plena e após um grande esforço das equipes e apoio da Rede de Urgência e Emergência, foi possível agilizar processos internos que viabilizaram a retomada parcial do serviço.
Por volta das 7h, 124 pacientes estão em atendimento no Pronto Socorro, que ainda funciona acima de sua capacidade operacional.