Congonhas, na Região Central de
A situação preocupa moradores da cidade, que denunciam que o problema é recorrente: “Não foi a primeira e nem será a última nuvem de poeira”, afirmou à Itatiaia Sandoval de Souza Pinto Filho, Diretor de Meio Ambiente e Saúde da União de Associações Comunitárias de Congonhas (Unaccon).
“Aqui não tem ar, aqui tem é poeira. É pó na atmosfera. Grandes áreas ‘decapeadas’, grandes minas, grandes pilhas, estradas, muito rejeito empilhado, muito itabirito empilhado, muitos bilhões sendo auferidos pelas mineradoras e o que está sobrando para a cidade é isso aí: pó e poeira”, disse Sandoval.
A Prefeitura de Congonhas, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, informou que havia oficiado, na última semana, as mineradoras que atuam na área e avisou do risco de que a poeira se descolasse para a cidade.
A causa do fenômeno visto nesta segunda-feira foi uma ventania atípica, mas que já estava prevista por conta de uma frente fria que se aproxima e foi identificada em
“Novos ofícios já foram encaminhados às empresas responsáveis, solicitando a interrupção imediata das atividades e a umectação completa das áreas operacionais”, afirmou a prefeitura.
O secretário João Luís Lobo informou que ao menos quatro empresas foram notificadas na semana passada. Nesta segunda-feira, as mineradoras CSN e Ferromais se comprometeram a interromper a operação até a normalização da situação.
A Itatiaia entrou em contato com as empresas, caso queiram se posicionar. O espaço segue aberto.
Segundo estações de monitoramento de poluição de Congonhas, foram registrados valores duas vezes maiores do que a média permitida pela legislação para três tipos de poluentes:
- MP10 (Material Particulado menor que 10 microns);
- MP2,5 (Material Particulado menor que 2,5 microns);
- PTS (Particulas Totais em Suspensão).
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente do município enviou equipes de fiscalização para os locais mais afetados pela nuvem de poeira para “garantir a adoção das medidas emergenciais necessárias”.