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Quase quatro meses após morte, corpo de adolescente anglo-brasileira chega ao Brasil

Corpo de Emily Albino chegou ao Brasil na tarde desta sexta-feira (11) no Aeroporto Internacional de Confins

O corpo da adolescente anglo-brasileira Emily Albino, de 13 anos, chegou ao Brasil na tarde desta sexta-feira (11) quase quatro meses após a morte dela. A jovem teria morrido devido a uma lesão cerebral provocada por uma parada cardíaca causada pelo quadro de asma - que segundo a mãe de Emily, Tatiana Albino, teria sido negligenciado pelo sistema de saúde da Inglaterra, o NHS.

Por causa das denúncias de negligência feitas por Albino, o corpo da adolescente ficou retido para investigações pelos órgãos ingleses até dia 7 de março, quase três meses após a morte. Com a liberação, os restos mortais de Emily foram recebidos nesta sexta-feira (11) pela Polícia Civil de Minas Gerais e pelo pai dela, Ciro Albino, e será levado para o Instituto Médico Legal (IML), onde deve passar por uma necropsia.

No acionamento da Polícia Civil, a corporação descreve que não foi possível realizar a identificação da morte da adolescente na Inglaterra em face de suspeita de tráfico internacional de pessoas. Questionada sobre a descrição, a PC informou que, até o momento, não foram encontrados indícios que apontem para a prática de tráfico humano no caso em questão.

“A principal hipótese considerada é de negligência médica por parte do hospital localizado na Inglaterra. Contudo, por se tratar de um fato ocorrido fora do território nacional, essa linha de investigação não será conduzida pela PCMG”, explica a corporação.

Liberação do corpo

À Itatiaia, Tatiana Albino informou que, na época da liberação do corpo de Emily, ela preencheu um documento pedindo que todas as partes retidas para investigação fossem devolvidas à família para a realização do funeral. “Eu pedi que eles colocassem tudo de [os órgãos e os tecidos] volta para ela. Foram feitas trocas de e-mails, mas eles ficaram me enrolando”, informou.

“No desespero de mãe, eu acionei a funerária e fomos lá e coletaram uma caixinha com pedaços da minha filha e outros pedaços. Os legistas de lá disseram que como a morte não foi natural, vai continuar o processo”, disse.

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Ana Luisa Sales é jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia desde 2022, já passou por empresas como ArcelorMittal e Record TV Minas. Atualmente, escreve para as editorias de cidades, saúde e entretenimento