O Tribunal de Contas de Minas Gerais
O tema foi discutido em uma reunião com a Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais, deputados e o sindicato que representa os profissionais da saúde. Na ocasião, o grupo alertou que os médicos do Hospital João XXIII estão sobrecarregados e que os blocos cirúrgicos da unidade seguem lotados após o fechamento do Hospital Amélia Linza.
O superintendente regional do Ministério do Trabalho em Minas Gerais, Carlos Calazãs, fala sobre o fechamento: “A situação do Amélia Lins é caótica. O estado, durante 3 meses, afirmou, permanentemente, que o hospital iria reabrir em março. Isso não ocorreu. Portanto, o governo não foi correto conosco, o Ministério do Trabalho, com os trabalhadores e nem com os sindicatos. Decidimos envolver outros segmentos, principalmente o Tribunal de Contas do Estado e a Assembleia Legislativa”, disse.
“Primeiro, o Governo comunica oficialmente que não quer mais administrar o Hospital Amélia Lins e diz que o mesmo vai ser 100% SUS, mas não discute com o Governo Federal. Depois, repassa todos os servidores para o Hospital João XXIII. Mas o Hospital João XXIII não tem nem condições de absolver todos os trabalhadores. Quem dirá os pacientes?”, acrescentou.
Para ele, no momento, não há saída alternativa. “Achamos que é de bom-tom, por meio todas as instâncias, que o governo do estado volte atrás”, afirmou.
Segundo Calazãs, o anúncio do governo de repassar a gestão para um consórcio municipal e abrir um edital para selecionar uma nova entidade gestora põe fim a um período de discussões sobre o destino da unidade de saúde. “Praticamente ele diz que não vai mais negociar conosco, ou seja, aquela mesa de entendimento que tínhamos foi absolutamente suspensa unilateralmente’, afirmou uma fonte ligada à atual administração do hospital”, acrescentou.