Mateus Peixoto de Barros, de 25 anos,
O jovem foi
De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), o réu possui transtorno de personalidade mista — uma perturbação da saúde mental, que reduz parcialmente a compreensão dos fatos, mas não completamente. Assim sendo, ele foi considerado semi-inimputável.
Por isso, ele não irá cumprir a pena em uma penitenciária comum. Ele irá cumprir a sentença no Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena (MG).
“O réu não tem a mínima condição de cumprir pena privativa de liberdade em presídio, pois é nítido seu grave transtorno psiquiátrico e psicológico, o que coloca em risco sua própria vida e de terceiros”, diz trecho da sentença.
Réu confessou que assassinou a própria mãe e que comprava coelhos no Mercado Central para matá-los
Durante o julgamento, Mateus afirmou que foi abusado sexualmente pelo pai e a mãe na infância, dos 6 aos 13 anos de idade. Aos 17 anos, ele foi condenado a cumprir medidas socioeducativas após
Para aliviar a raiva e o rancor dos abusos sofridos quando era criança, Mateus contou que comprava coelhos no Mercado Central apenas para matá-los. O jovem afirmou que se sentia aliviado e mais calmo com essa atitude.
“Era muito fácil matar um coelho, por ser bastante frágil, e bastava apertar um ponto do pescoço e ele logo morria”, disse em depoimento. Mateus revelou que matava os animais e os descartava no lixo do próprio apartamento.
Diante da frieza do depoimento e dos crimes cometidos, o júri condenou o réu. No entanto, devido a sua situação semi-inimputável, ele será transferido para um hospital psiquiátrico. Desde o crime, Mateus estava preso preventivamente em uma penitenciária comum.
“O réu relatou que gostou muito do período em que esteve internado. após a condenação pelo assassinato da mãe. Disse que nunca havia sido tão bem tratado, tão respeitado e tão ouvido. Ele relatou ainda que o tratamento que fazia no local o deixava tranquilo e era bastante eficaz. Em relação ao presídio onde se encontra há dois anos, relatou que o tratamento praticamente não existe e que se sente desamparado em relação a isso”, diz a sentença.
Relembre o caso
Em fevereiro de 2023, Mateus atraiu o morador em situação de rua Marciel José Soares, de 31 anos, para o apartamento dele. No local, o
“O autor utilizou-se de meio cruel ao atingi-la, esquartejando seu corpo, causando-lhe intenso e desnecessário sofrimento. A vítima, colhida de surpresa, teve consideravelmente diminuídas suas chances de defesa”, diz o Ministério Público ao acusar o jovem.
Durante o interrogatório desta quarta, Mateus contou que tinha o hábito de chamar moradores de rua para o apartamento para conversar e desabafar. Ele disse que esses encontros não tinham conotação sexual.
No dia do crime, o jovem afirma que levou outro morador de rua, conversou com o homem e ele foi embora. O réu também informou que não ficou satisfeito com a conversa com o outro homem e resolveu chamar a vítima para apartamento.
Matheus contou que começou a conversar com Marciel e que a vítima informou que já tinha matado uma pessoa, cometido roubos e estuprado uma mulher. Os dois teriam brigado e o réu esfaqueou a vítima. O réu informou que esperou até o dia seguinte para esquartejar a vítima com uma serra elétrica, para que os ruídos fossem confundidos com sons de uma obra.