Moradores do aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, estão preocupados com aumento de crianças e adolescentes brincando de guerrinha de armas de gel nas ruas. Com o início das férias escolares, cada vez mais jovens tem entrado na ‘brincadeira’, e, nesse domingo (15) a situação foi gravada por uma pessoa.
Conforme uma pessoa que não quis se identificar, a situação começou com poucas crianças, mas tem aumentado. “Elas se juntam a noite e percorrem com os rostos tampados os becos e as ruas atirando umas nas outras fazendo barulhos, correria e atrapalhando o trânsito”, conta.
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O aspecto que mais preocupa os moradores, é a possibilidade de que os jovens, enquanto brincam, encontrem com policiais. “Nós temos medos que eles [os policiais] se assustem e atirem, porque é uma área de risco com bocas de fumo e a noite são becos escuros”, comenta.
Febre no Brasil
A ‘guerras’ com arminhas de gel viraram febre no Brasil e as forças militares de São Paulo e da Paraíba já tiveram problemas com a brincadeira nesse ano. Em setembro, 18 pessoas foram detidas depois de uma confusão envolvendo pistolas de bolinhas de gel no Jardim São Luís, na Zona Sul de São Paulo.
Já na Paraíba, o dispositivo deu origem, inclusive, a um projeto de lei que proíbe a fabricação, distribuição, comercialização e uso de armas de gel.
O que é arma de gel?
Embora seja chamado popularmente de arma de gel, na verdade, o “gel” se refere a munição, feitas de hidrogel.
As munições podem ser perigosas e causar ferimentos graves, especialmente, na região dos olhos. Dependendo da distância e da velocidade do disparo, as bolas podem causar lesão na
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) alertou, em setembro deste ano, sobre o uso das armas por crianças menores de 14 anos.