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De falta de médicos a banheiro sem pia: TCE-MG encontra diversas irregularidades em unidades de saúde

Na UPA Leste de Belo Horizonte, fiscais encontraram paciente aguardando atendimento no corredor enquanto encontra vaga no setor competente

Até o momento cerca de 62% dos locais já visitados não respeitam o atendimento preferencial

O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais promove uma mega fiscalização nesta terça-feira (5) para verificar as condições de unidades de saúde em Minas Gerais. Estão sendo observados o atendimento de médicos e enfermeiros, situação dos pacientes, utilização e estoque de insumos e infraestrutura dos locais.

São treze equipes espalhadas pela capital e diversos municípios. Ao todo, mais de cem fiscais, auditores e superintendentes estão envolvidos no trabalho.

“Esta é a maior operação na área da saúde da história recente com o intuito de verificar a prestação do serviço público de saúde para a população e, também, toda infraestrutura das unidades”, disse o Superintendente de Controle Externo da Tribunal de Contas Pedro Henrique Magalhães Azevedo detalha a fiscalização.

"É verificada desde a prestação do serviço para a população com a presença dos médicos, com a existência de aparelhos dedicados para atendimento da população a problemas, a infraestrutura da unidade de saúde”, acrescentou.

Falta de médicos, super lotação e banheiro sem pia são alguns dos problemas detectados pelos fiscais. Na UPA Leste de Belo Horizonte, fiscais encontraram paciente aguardando atendimento no corredor.

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Em Minas

Até o momento cerca de 62% dos locais já visitados não respeitam o atendimento preferencial. No hospital Maria Eterna, que fica em Santa Maria do Suaçuí (Vale do Rio Doce), e na Santa Casa da Caridade, em Diamantina (Vale do Jequitinhonha), não há nenhum tipo de controle do ponto dos médicos.

O problema se repete no Hospital São Vicente de Paulo, em Mantena (Vale do Rio Doce). Além disso, dos quatro profissionais escalados, dois estavam ausentes no momento da fiscalização. Testemunhas disseram que só vão ao local quando demandados.

Providência

Por fim, o órgão acompanha os casos para as irregularidades serem corrigidas. “Estamos fazendo acompanhamento contínuo em tempo real. Uma vez sinalizado, iniciamos o acompanhamento dessa política pública de saúde. Caso seja detectada alguma situação mais crítica, essa poderá ser objeto de representação pelo Tribunal de Contas, inclusive, com a citação dos responsáveis”, finalizou.


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Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.