Nesta sexta-feira (25), após 9 anos do
Em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte,
“A justiça deu causa como ganha para nós, né? E até então o estado tem protelando este pagamento, alegando que não sabem para quem pagar”, disse Jaqueline de Abreu, uma das herdeiras.
O advogado Fernando Arges, representante dos herdeiros da família Abreu, disse que a ação foi proposta pelo próprio estado em 1943, já que uma área de 353 mil metros foi desapropriada.
O processo transitou em julgado em 1965 - ou seja, a justiça já deu a decisão final - e, desde então, 13 governadores assumiram o Palácio da Liberdade e o problema ainda não foi resolvido.
Segundo o advogado, o valor final da ação, com todas as correções, ultrapassa os R$ 80 bilhões.
De acordo com Jaqueline, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais transferiu o processo para o núcleo 4.0, a fim de dar mais agilidade a ação. “Agora tem um prazo de 120 dias para ser feita uma perícia de agrimensura para definir a metragem de cada herdeiro”, afirmou.
Ela ainda diz que o grupo segue na expectativa para que o acordo seja feito e encerre o ciclo de uma “luta por direitos”. A Dona Geni, prima de Jaqueline, está com 95 anos e ainda aguarda pelo encerramento do processo. O irmão dela, Danilo José de Abreu, de 74 anos, também está à espera. Outros membros da família Abreu morreram sem ver a cor do dinheiro.
“A vida toda eles correram atrás dessa herança e não tiveram sucesso. O estado não se pronuncia, o estado não oferece acordo, nós já pedimos acordo, o estado não oferece, o estado não aceita e é um processo que precisamos finalizar, mas a gente precisa que o judiciário, através do núcleo 4.0, definam esse processo”, finalizou Jaqueline.
Os herdeiros planejam uma nova manifestação para novembro deste ano.
A Itatiaia procurou novamente a Advocacia Geral do Estado (AGE), mas ainda não teve retorno.