O Governo de Minas deu início à tão sonhada obra da linha 2 do metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A nova linha, com 10,5 quilômetros de extensão, vai ligar a atual linha 1 até o Barreiro, passando por sete estações: Nova Suíça, Amazonas, Nova Gameleira, Nova Cintra, Vista Alegre, Ferrugem e Barreiro.
O projeto faz parte do contrato de concessão firmado entre o governo estadual e a concessionária Metrô BH, com investimentos que ultrapassam R$ 3 bilhões. As primeiras estações, Nova Suíça e Amazonas, devem ser entregues até 2026, enquanto a operação completa da linha 2 está prevista para 2028.
Mais qualidade de vida para usuários do metrô
A expansão do metrô promete beneficiar diretamente a mobilidade na capital e região metropolitana. Atualmente, o sistema de transporte público enfrenta sobrecarga, com longos tempos de viagem e falta de integração entre diferentes modais. Com a conclusão da linha 2, a expectativa é de que o metrô transporte cerca de 213 mil passageiros por dia, sendo 56 mil apenas na nova linha.
Além de aliviar o trânsito, a nova linha deve reduzir o tempo de deslocamento de quem utiliza o transporte público, o que deve ter impacto significativo na qualidade de vida de trabalhadores e estudantes que dependem do metrô diariamente.
Modernização e novos serviços
Paralelamente à construção da linha 2, serão realizadas melhorias também na linha 1. Estão previstas reformas nas 19 estações e a expansão até Novo Eldorado, em Contagem.
Desde 2023, os passageiros do metrô de Belo Horizonte já contam com alguns serviços novos, como Wi-Fi gratuito em todas as estações e trens, além de painéis de LED que informam, em tempo real, a previsão de chegada dos trens. Outra novidade é a implantação do sistema de bilhetagem digital, que permite o pagamento das passagens por aproximação, agilizando o processo de embarque.
A concessão do Metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte completou, em março, um ano de operação. O contrato, com duração de 30 anos, prevê um investimento total de R$ 3,7 bilhões ao longo desse período para melhorias e expansões. Parte desse montante, R$ 2,8 bilhões, vem do Governo Federal, enquanto R$ 440 milhões são frutos de um Termo de Reparação firmado pelo Governo de Minas com a Vale e outras entidades, como resposta ao desastre de Brumadinho. Essa tragédia marcou a história do estado, deixando 272 vítimas e causando profundos impactos sociais e ambientais.
Com o avanço das obras e as melhorias já em andamento, o Governo de Minas implanta uma grande mudança na mobilidade urbana de Belo Horizonte e região. A expectativa é de que o metrô passe a oferecer um serviço mais moderno, rápido e eficiente, beneficiando diretamente milhares de mineiros que dependem do transporte público no dia a dia.
Pacote de ações vão melhorar a mobilidade
A ampliação do metrô faz parte do Sistema de Transporte Estadual Metropolitano, o Trem. Além da expansão da linha 2, o pacote inclui a modernização da linha 1 e a compra de 24 novos trens, que começarão a chegar a partir de 2026, trazendo mais conforto e eficiência para os usuários.
Outras medidas incluem a aquisição de mais de 800 novos ônibus, representando uma renovação de 30% da frota atual, a construção do Rodoanel, novos corredores de faixa exclusiva nos municípios de Santa Luzia e Ribeirão das Neves, além de Parcerias Público-Privadas para terminais e concessões de rodovias no Vetor Norte. O projeto também contempla a implantação de novas estações na MG-010, melhorando o tempo de deslocamento para usuários que integram no Terminal Morro Alto, em Vespasiano.
