A Polícia Civil de Minas Gerais, pela Operação 404, prendeu nesta quinta-feira (19) nove pessoas - seis no Brasil e três na Argentina - envolvidas com um esquema internacional de pirataria. Os suspeitos fazem parte de um grupo criminoso que comercializava links que davam acesso a conteúdos de plataforma de streaming e canais por assinatura, similar ao TV Box.
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Conforme a corporação, foram tirados do ar 675 sites, 14 aplicativos e cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em vários pontos do Brasil e fora do país. Os suspeitos presos no Brasil, foram detidos no município de Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira. Um deles foi detido em flagrante após agentes encontrarem painéis utilizados para comercialização do ‘streaming pirata’ e um computador em que eram administradas as assinaturas.
O suspeito era ex-servidor público estadual contratado e, com a prática criminosa, tinha um rendimento mensal de R$ 200 mil - valor, que segundo a PC, é incompatível com a função que ele exercia legalmente. Além de responder pelo crime de pirataria, homem será investigado pelo crime de lavagem de dinheiro devido à compra de carros de luxo à vista, por meio de transações Pix.
A delegada Cristiana Angelini, da Divisão Especializada de Investigação de Crimes Cibernéticos, apontou que o suspeito administrava mais de 2 mil assinaturas ativas, além de ter o registro de outras 4 mil pessoas. “Eles cobravam uma assinatura mensal que custava por volta de R$ 45, ou R$ 190 pela assinatura anual”, esclareceu.
“Nos crimes cibernéticos com a sensação do anonimato, as pessoas acreditam que estão seguras atrás do computador. Então, o grande objetivo da Polícia Civil é mostrar que não existe esse anonimato, que a internet não é uma terra sem lei. Há um rastro que a Polícia Civil consegue desvendar os crimes praticados pela internet”, pontua.