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Suspeito de matar e jogar corpo em barranco nega crime e diz que casal era separado há anos

Família disse que Alessandra de Jesus Araújo era frequentemente ameaçada pelo ex

Alessandra de Jesus, de 29 anos, foi assassinada a tiros e corpo foi jogado em barranco

O advogado do homem suspeito de atirar e matar e depois jogar o corpo de Alessandra de Jesus Araújo, de 29 anos, em um barranco em Vespasiano, na Grande BH, negou o crime nesta sexta-feira (1º), disse que o casal estava separado há mais de quatro anos e que a vítima teve outros relacionamentos.

Falou ainda que no dia do crime o cliente dele estava em casa e que isso poderá ser comprovado por câmeras da vizinhança.

Além disso, ele declarou ser inocente tanto que, na noite da morte de Alessandra, procurou a polícia e foi dispensado, retornando para casa. No dia seguinte, quando estava saindo de casa para retornar ao sistema prisional, foi abordado pela polícia.

Suspeita de feminicídio

O corpo de Alessandra foi velado e enterrado nesta sexta-feira no Cemitério Municipal Parque da Ressurreição, em Vespasiano. Ela foi assassinada a tiros na rua das Bandeiras, no bairro Santa Clara 2. A principal suspeita é de feminicídio.

“Ele batia muito nela. Ele espancava ela muito. Ele bebe demais, cheira. Ela não podia nem trocar uma roupa de cama, ele batia demais nela”, desabafou a mãe, Ana Francisca de Jesus.

O advogado do suspeito disse que o casal estava separado há mais de quatro anos e que a vítima teve outros relacionamentos depois. Falou ainda que no dia do crime o cliente dele estava em casa e que isso poderá ser comprovado por câmeras da vizinhança.

Além disso, ele declara ser inocente tanto que, na noite da morte de Alessandra, procurou a polícia e foi dispensado, retornando para casa. No dia seguinte, quando estava saindo de casa para retornar ao sistema prisional, foi abordado pela polícia.

Ameaças

Segundo familiares e amigos, Alessandra vinha recebendo ameaças do ex-companheiro, um homem com passagens pela polícia que cumpre pena no sistema prisional e teria sido liberado por meio da saída temporária (“saidinha”).

Após ser baleada, o corpo dela foi jogado em um barranco, e os bombeiros precisaram ser acionados para retirá-lo do local.

Alessandra era bastante conhecida no bairro e dezenas de pessoas acompanharam o trabalho da perícia. A mãe, em estado de choque, comoveu os presentes. A jovem deixou um filho de 8 anos.

“Essa tristeza chocou o bairro. As amigas dela estão arrasadas. Recebi a notícia dentro do ônibus, fiquei pálido. Ela era uma moça trabalhadora, guerreira, sempre pronta a ajudar,” disse à Itatiaia o padrasto, Genivaldo Ananias da Silva.

Ele acredita que o suspeito do crime seja o ex-companheiro.

“Ele não aceitava o fim do relacionamento. Brigava com ela, batia. Ela chegou a me pedir ajuda pra sair desse sofrimento. A gente só quer justiça. Ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém”.

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Formado em jornalismo pela PUC Minas, foi produtor do Itatiaia Patrulha e hoje é repórter policial e de cidades na Itatiaia. Também passou pelo caderno de política e economia do Jornal Estado de Minas.