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Jogador de futebol e amigos são suspeitos de estupro coletivo de menina de 16 anos em BH

Segundo a Polícia Civil, a adolescente tinha um envolvimento amoroso com o atleta, considerado o mentor do crime; duas pessoas foram presas até o momento

Adolescente foi ameaçada por agressores após denunciar crime à polícia

Uma adolescente de 16 anos foi vítima de um estupro coletivo, praticado por um jogador de futebol e dois amigos dele, no bairro Palmares, na região Nordeste de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil, dois suspeitos foram presos e o atleta segue foragido.

O crime aconteceu no dia 31 de março, mas os detalhes só foram divulgados pela Polícia Civil nesta sexta-feira (26).

No dia do crime, a vítima foi até uma boate em BH na companhia de três pessoas conhecidas: dois rapazes de 19 anos e um de 20, com quem ela mantinha um relacionamento.

Como a vítima era menor de idade, ela não pôde entrar na boate e ficou do lado de fora. O grupo, então, decidiu sair da casa noturna e ir até a casa de um dos suspeitos, um dos jovens de 19 anos.

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Ao chegarem na residência, o rapaz de 20 anos foi para o quarto com a adolescente. O jovem é jogador de futebol das categorias de base de um clube profissional da cidade de Taubaté, no interior de São Paulo, mas mora na capital mineira.

A princípio, o casal teria uma relação sexual consentida, mas o jogador chamou os amigos, que estavam na sala, para participar. Pelo telefone, o suspeito disse que a menina teria topado se relacionar com os três, o que não era verdade.

A menor de idade foi estuprada e espancada pelo trio. De acordo com a Polícia Civil, o rapaz de 20 anos foi quem ordenou que os outros batessem nela. A agressão foi filmada por um celular.

Após a adolescente chegar machucada em casa, a mãe dela procurou a polícia para denunciar os rapazes. Os suspeitos ainda ameaçaram a vítima, dizendo que se ela não retirasse a denúncia, eles iriam divulgar os vídeos na internet.

A Polícia Civil cumpriu dois mandados de prisão preventiva contra os jovens de 19 anos, nos bairros Coqueiros e Palmares, em Belo Horizonte. O jogador de futebol ainda não foi encontrado, mas também possui um mandado de prisão em aberto contra ele.

Jogador de futebol planejou o crime

Segundo a delegada Letícia Müller, que investiga o caso, o atleta foi o mentor do crime.

“A gente percebe que são jovens iniciando a sua vida, só que um deles, mesmo tendo 20 anos, já é jogador de futebol profissional. Então, já possui uma certa experiência de vida, diferentemente dos outros dois de 19 anos, que ainda vivem com os pais”, afirma.

“O que deu para perceber é que foi, então, esse indivíduo de 20 anos que foi o mentor do crime. Até porque foi ele quem teria iniciado a relação sexual com essa menina, e ele que teria chamado os dois. O jogador teria falado que a adolescente consentiu que os dois também fossem ter relações sexuais com ela, só que a vítima nega. Ela fala que em nenhum momento teria permitido essa relação sexual em conjunto”, detalha.

Ainda segundo a delegada, a partir do momento que a vítima começou a ser agredida, ela já não tinha mais condições de consentir ou sequer falar algo.

Müller também relata que o jogador de futebol ensinou os amigos a como bater na adolescente. “Ele orientava como eles deveriam agredir ela, como um soco deveria ser deferido”, acrescenta.


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Jornalista formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH). Na Itatiaia desde 2008, é “cria” da rádio, onde começou como estagiário. É especialista na cobertura de jornalismo policial e também assuntos factuais. Também participou de coberturas especiais em BH, Minas Gerais e outros estados. Além de repórter, é também apresentador do programa Itatiaia Patrulha na ausência do titular e amigo, Renato Rios Neto.
Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.