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De acordo com a corporação, a mulher percebeu uma brecha nas compras online e gerou um prejuízo avaliado em R$ 6 milhões. Segundo as investigações, a empresa tem o costume de oferecer um brinde aos clientes quando eles fazem uma compra. No entanto, quando o brinde acaba, a alternativa é fornecer o cashback.
O cashback é uma ‘moeda digital’ que garante um retorno em outras compras exclusivamente na plataforma. A partir dessa brecha, a colaboradora montou um esquema com outras pessoas para todas comprarem o mesmo produto, o que forçava o esgotamento do brinde e o fornecimento do cashback.
Todas as compras foram efetuadas: as mulheres pagavam e recebiam o retorno financeiro. Na sequência, elas compravam produtos de ponta, como perfumes de primeira linha, e revendiam em outras plataformas e outros sites pela metade do preço.
Entre os meses de março e outubro do ano passado foram R$ 363 mil pagos, o que gerou a compra de 50 mil produtos. Na última quinta-feira (30), foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em 12 alvos. A polícia não descarta a possibilidade de que alguém dentro da empresa tenha participação no esquema.
A falha percebida no site já foi corrigida. Os colaboradores que fizeram as compras suspeitas, de forma intencional ou não, foram bloqueados. De acordo com a delegada Cristiana Angelini, chefe da Divisão Especializada em Crimes Cibernéticos da Polícia Civil, as pessoas envolvidas no esquema podem responder por lavagem de dinheiro, associação criminosa, crimes contra economia popular e fraude eletrônica.
“As investigações continuam em andamento para apurar a efetiva participação de funcionários (...). Era vantajoso porque ela esgotava o brinde. Ela, a família, os parentes, os amigos, e aí ela conseguia esse cashback para adquirir um produto bem mais bem mais alto”, disse a delegada Cristiana Angelini.
(Sob supervisão de Edu Oliveira)