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Condenado pela morte de Eliza Samúdio, ‘Bola’ é levado para o presídio de Lagoa Santa nesta quinta (4)

Ele foi preso na casa em que mora, no bairro Santa Clara, em Vespasiano, na Grande BH

Marcos Aparecido dos Santos, o ‘Bola’

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o ‘Bola’, deu entrada nesta quinta-feira (4), no Presídio de Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Apesar de ‘Bola’ ter ficado conhecido nacionalmente após ser condenado pelo desaparecimento e morte de Eliza Samúdio, ex-namorada do goleiro Bruno, a prisão que ocorreu ontem (3) está relacionada a um crime cometido um ano antes do assassinato da modelo.

Ele foi preso na casa em que mora, no bairro Santa Clara, em Vespasiano, por agentes do Grupo Especializado em Recobrimento (GER) da 3ª Região. Segundo a apuração da Itatiaia, ‘Bola’ não resistiu a prisão. A pena relativa à condenação do crime de 2009, da morte do motorista, que ele começa a cumprir agora, se soma à pena pelo assassinato de Eliza, que ele começou a cumprir logo depois do crime.

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Os crimes

O primeiro crime, entre esses dois, foi o assassinato de um motorista em 2009, no bairro Juliana, na região Norte de Belo Horizonte. Dez anos depois, em 2019, Bola foi condenado por esse crime, realizado a mando do comerciante Antônio Osvaldo Bicalho, que queria se vingar do homem com quem sua esposa supostamente tinha um caso extraconjugal. ‘Bola’ foi condenado a 16 anos de reclusão em regime fechado por esse crime.

Em 2010, Eliza Samudio, que tinha 25 anos, mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, desapareceu. Três anos depois, em 2013, ‘Bola’ foi sentenciado a 22 anos e três meses de prisão pela morte e ocultação do cadáver de Eliza, além do sequestro do filho da jovem. Bruno foi considerado culpado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado da jovem.

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No caso da morte de Eliza Samúdio, Bola cumpriu grande parte da pena em regime fechado, obtendo o benefício de progressão de regime. Ele já passou pelo semiaberto, mas, desde setembro de 2023, encontrava-se no regime aberto, em prisão domiciliar. “Quando ele foi preso pela morte da Eliza, ele ficou preso durante o processo. Por esse motivo, ele continuou preso para cumprir a pena. Da pena relativa ao caso da Eliza, ele já tinha cumprido o tempo necessário para progressão de regime, por isso foi colocado em liberdade”, explica o advogado criminalista Luan Veloso.

Já em relação à morte do motorista, segundo o advogado, ele respondia em liberdade até essa quarta-feira (4). Isso porque, fora casos em que a pessoa é presa preventivamente, a pena só pode ser executada quando acabam todas as possibilidades de recursos, o que agora aconteceu. “O processo acabou, não havendo mais possibilidade de recursos dentro daquele processo principal onde houve a condenação. Agora, é gerada a guia de execução de pena e o juiz da Vara de Execuções Penais passa a fiscalizar o cumprimento da pena estabelecida”, disse.


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Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.