A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) recorreu, nesta quarta-feira (20), da multa aplicada pela Prefeitura de Belo Horizonte pela mortandade de peixes na Lagoa da Pampulha. De acordo com a PBH, o esgoto despejado pela Copasa em um dos principais pontos turísticos da capital causou a morte de milhares de animais no primeiro fim de semana de março.
A autuação, no valor aproximado de R$ 27 mil,
“Também não foram identificadas irregularidades ou problemas significativos no sistema de esgotamento sanitário na bacia hidrográfica da Pampulha que pudessem estar relacionados à recente mortandade de peixes na lagoa”, diz trecho do comunicado.
‘PBH politizou problema sério’
Na nota, a companhia também criticou a decisão da Prefeitura de BH.
“A Copasa lamenta que a Prefeitura de Belo Horizonte tenha decidido politizar um problema sério e de saúde pública, que exige esforços conjuntos, e reitera seu compromisso com a transparência e a cooperação, permanecendo à disposição para fornecer todas as informações necessárias para o esclarecimento do caso”, afirmou.
A Copasa também disse que é de responsabilidade da Prefeitura de Belo Horizonte cobrar dos proprietários dos imóveis na região da bacia da Pampulha ligar suas residências ao sistema de esgotamento sanitário. “Uma atitude essencial para a manutenção da qualidade da água na lagoa”, ressalta.
O que diz a PBH
Em entrevista à Itatiaia, na última segunda-feira (18), o subsecretário de Fiscalização da Secretaria de Política Urbana, da Prefeitura de BH, José Mauro Gomes, informou que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) e a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) realizaram vistorias no local, após as mortes dos peixes.
“Na lagoa foram feitas vistorias posteriores à mortandade [dos peixes]. Nós já notificamos e multamos a Copasa na última semana, no dia 14 de março. Foi verificado que as mortes foram decorrentes dos efluentes (resíduos industriais ou dejetos de esgoto) despejados na lagoa”, afirmou Gomes.
A reportagem tenta contato com a PBH desde terça-feira (19), após a Copasa negar as irregularidades, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto.