A Prefeitura de Belo Horizonte multou a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), após milhares de peixes serem encontrados mortos na Lagoa da Pampulha, no primeiro fim de semana de março. De acordo com a PBH, o esgoto despejado pela Copasa em um dos principais pontos turísticos da capital causou a morte dos animais.
A autuação foi expedida na última quinta-feira (14), e publicada no Diário Oficial do Município. Em entrevista à Itatiaia, o subsecretário de Fiscalização da Secretaria de Política Urbana, da Prefeitura de BH, José Mauro Gomes, informou que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) e a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) realizaram vistorias no local, após as mortes dos peixes.
“Na lagoa foram feitas vistorias posteriores à mortandade [dos peixes]. Nós já notificamos e multamos a Copasa na última semana, no dia 14 de março. Foi verificado que as mortes foram decorrentes dos efluentes (resíduos industriais ou dejetos de esgoto) despejados na lagoa”, afirmou Gomes.
O que diz a Copasa
Procurada pela reportagem, a Copasa confirmou o recebimento da multa no valor aproximado de R$ 27 mil, que seria referente a um suposto vazamento de esgoto. A companhia, no entanto, negou qualquer irregularidade.
“Após rigorosas vistorias e análises realizadas no sistema de esgotamento sanitário na bacia hidrográfica da Pampulha, não foram identificadas irregularidades ou problemas significativos que pudessem estar relacionados à recente mortandade de peixes na lagoa”, diz trecho da nota.
À Itatiaia, a Copasa também questionou a decisão da Prefeitura de BH. “A empresa ressalta que vai recorrer da multa, uma vez que no ponto indicado não foi identificado pela Copasa nenhum vazamento. Além disso, o relatório técnico da PBH sobre a mortandade dos peixes não trouxe provas da correlação entre qualquer ação da Copasa e a morte dos animais”, afirma o comunicado.
Após a resposta da Copasa, a reportagem entrou novamente em contato com a Prefeitura de Belo Horizonte, mas não obteve resposta.