Ouvindo...

Fugitivos de Mossoró (RN) teriam deixado novo rastro no fim de semana; Governo nega

Fuga completa 34 dias nesta segunda-feira (18); detentos foram vistos em Baraúna, cidade a 35 km de Mossoró

Deibson Cabral Nascimento (o Deisinho) e Rogério da Silva Mendonça (o Tatu) fugiram da prisão em 14 de fevereiro

Novas pistas que indicavam que os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, continuavam em Baraúna (RN), cidade a cerca de 35 km de Mossoró, acabaram não se confirmando.

A informação divulgada inicialmente pelo Metrópoles dava conta de que fontes ligadas às investigações afirmavam que os detentos tentaram invadir uma casa na zona rural do município, mas desistiram. A tentativa de invasão teria acontecido na madrugada de sábado (16).

No entanto, a Secretaria de Comunicação do Governo Federal negou. De acordo com a Secom, uma segunda verificação com cães farejadores não encontrou nenhum rastro da dupla no imóvel ou nas regiões próximas.

Na última quarta-feira (13), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, havia afirmado que os criminosos ainda poderiam estar na região de Mossoró.

“A operação ao meu juízo é uma operação que está se desenvolvendo até o momento com êxito. Nós temos indícios fortes da presença dos fugitivos na região. Temos hoje uma convicção de que os fugitivos se encontram aqui ainda”, disse o ministro em coletiva de imprensa.

As buscas já completam 34 dias e mobilizam cerca de 500 policiais e não há prazo definido para o fim das atividades.

Leia também

Criminosos ‘recebem ajuda de fora’, diz Lewandowski

Na coletiva, o ministro atualizou a situação das buscas em coletiva de imprensa. “A notícia que temos agora, a partir do trabalho investigativo, é que estão sim recebendo ajuda de fora, o que explica o relativo êxito que eles têm ao escapar do cerco”, disse Lewandowski.

“Estão sendo apoiados com roupas, alimentos e agora estão numa região que existe pomares, frutas, bananeiras, o que facilita a alimentação. Estão em uma área de mata densa, não só pelas características da flora da região, Caatinga, mas pela extensão da área e pela facilidade que têm hoje para encontrar alimento”, afirmou o ministro da Justiça.

Segundo Lewandowski, as autoridades acreditavam que Deibson e Rogério ainda estavam na região. “A operação ao meu juízo é uma operação que está se desenvolvendo até o momento com êxito. Nós temos indícios fortes da presença dos fugitivos na região. Temos hoje uma convicção de que os fugitivos se encontram aqui ainda”, disse o ministro.

Fuga completa um mês

A fuga de Deibson Nascimento (o Deisinho) e Rogério Mendonça (o Tatu) - a primeira na história dos presídios federais de segurança máxima - completou um mês na última quinta-feira (14). Os dois fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró em 14 de fevereiro.

Segundo as investigações, ambos fazem parte da facção Comando Vermelho e são considerados de alta periculosidade.

Desde que deixaram a cadeia, em um plano que ainda segue sendo investigado, os fugitivos mantiveram uma família como refém, foram avistados em diferentes comunidades e se esconderam em uma propriedade rural. Além disso, chegaram a agredir uma pessoa na zona rural de Baraúna.

A descoberta mais recente das autoridades é que haveria uma rede de apoio fora do presídio que estaria apoiando a dupla nessa fuga. O plano, supostamente, seria bancado pela facção criminosa Comando Vermelho, do qual ambos fazem parte. Até o momento, sete pessoas já foram presas nos estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, sendo que seis tinham ligação com as fugas.

*Com informações de Pedro Nascimento

Participe dos canais da Itatiaia:

Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.