Novas pistas que indicavam que os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, continuavam em Baraúna (RN), cidade a cerca de 35 km de Mossoró, acabaram não se confirmando.
A informação divulgada inicialmente pelo Metrópoles dava conta de que fontes ligadas às investigações afirmavam que os detentos tentaram invadir uma casa na zona rural do município, mas desistiram. A tentativa de invasão teria acontecido na madrugada de sábado (16).
No entanto, a Secretaria de Comunicação do Governo Federal negou. De acordo com a Secom, uma segunda verificação com cães farejadores não encontrou nenhum rastro da dupla no imóvel ou nas regiões próximas.
Na última quarta-feira (13), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, havia afirmado que os
“A operação ao meu juízo é uma operação que está se desenvolvendo até o momento com êxito. Nós temos indícios fortes da presença dos fugitivos na região. Temos hoje uma convicção de que os fugitivos se encontram aqui ainda”, disse o ministro em coletiva de imprensa.
As buscas já completam 34 dias e mobilizam cerca de 500 policiais e não há prazo definido para o fim das atividades.
Criminosos ‘recebem ajuda de fora’, diz Lewandowski
Na coletiva, o ministro atualizou a situação das buscas em coletiva de imprensa. “A notícia que temos agora, a partir do trabalho investigativo, é que estão sim recebendo ajuda de fora, o que explica o relativo êxito que eles têm ao escapar do cerco”, disse Lewandowski.
“Estão sendo apoiados com roupas, alimentos e agora estão numa região que existe pomares, frutas, bananeiras, o que facilita a alimentação. Estão em uma área de mata densa, não só pelas características da flora da região, Caatinga, mas pela extensão da área e pela facilidade que têm hoje para encontrar alimento”, afirmou o ministro da Justiça.
Segundo Lewandowski, as autoridades acreditavam que Deibson e Rogério ainda estavam na região. “A operação ao meu juízo é uma operação que está se desenvolvendo até o momento com êxito. Nós temos indícios fortes da presença dos fugitivos na região. Temos hoje uma convicção de que os fugitivos se encontram aqui ainda”, disse o ministro.
Fuga completa um mês
A fuga de Deibson Nascimento (o Deisinho) e Rogério Mendonça (o Tatu) - a
Segundo as investigações,
Desde que deixaram a cadeia, em um plano que ainda segue sendo investigado, os fugitivos mantiveram uma família como refém, foram avistados em diferentes comunidades e se esconderam em uma propriedade rural. Além disso, chegaram a agredir uma pessoa na zona rural de Baraúna.
A descoberta mais recente das autoridades é que haveria uma rede de apoio fora do presídio que estaria apoiando a dupla nessa fuga. O plano, supostamente, seria bancado pela facção criminosa Comando Vermelho, do qual ambos fazem parte. Até o momento, sete pessoas já foram presas nos estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, sendo que seis tinham ligação com as fugas.
*Com informações de Pedro Nascimento