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Caso Jéssica: jovem morreu por problema de coagulação, diz laudo

O caso ganhou repercussão, em dezembro do ano passado, após a jovem receber ataques por um suposto caso amoroso com o humorista Whindersson Nunes

Jéssica Canedo, de 22 anos, cometeu suicídio após ser vítima de fake news nas redes sociais

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, nesta quarta-feira (6), o inquérito que investigava a morte da jovem Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos. O caso ganhou repercussão, em dezembro do ano passado, após a jovem receber ataques por um suposto caso amoroso com o humorista Whindersson Nunes. Uma mulher, de 18 anos, moradora do Rio de Janeiro, foi indiciada por instigação ao suicídio.

A perícia indicou que ela morreu por problema de coagulação causado por um anticoagulante que ela ingeriu e que pertencia à mãe.

“Ela tomava diversos medicamentos por enfrentar problemas psicológicos e psiquiátricos. Mas, no dia dos fatos, ela tomou além dos medicamentos de praxe, remédios que seriam da mãe. O laudo indicou que ela morreu em razão de um problema de coagulação”, disse delegado do caso, Felipe Oliveira, que coordenou a investigação. A jovem era mineira de Araguari, no Triângulo Mineiro.

“Desde o início das investigações, apuramos que a jovem passava por tratamento psiquiátrico, por problemas de depressão e, após a divulgação das notícias, ela passou a receber uma série de ataques nas redes sociais. Um desses ataques era instigando Jéssica a cometer suicídio”, acrescentou o delegado do caso.

Jovem indiciada

A jovem de 18 anos seria a responsável por incentivar e mandar as mensagens a Jéssica, segundo informações da coletiva. Essa mulher foi indiciada. Whindersson Nunes foi ouvido e negou qualquer tipo de vínculo com ela.

Durante coletiva, foi confirmado pelo delegado que a jovem forjou os prints de conversas com o humorista e criou contas falsas para entrar em contato com as páginas de fofoca para quem divulgou o caso.Estas páginas, em seguida, divulgaram o conteúdo sem checar a veracidade. “Então, ela — Jéssica — fez todas as montagens e divulgou para as páginas de notícias esse suposto relacionamento dela com o humorista”, completou.

Ainda de acordo com a corporação, as provas estavam no celular da jovem. F oi confirmado pelo delegado que a jovem forjou os prints de conversas com o humorista e criou contas falsas abriu, também, que, após divulgar a notícia falsa, Jéssica passou a receber ameaças e mensagens com incentivos para tirar a própria vida.

Entenda o caso

Perfis de redes sociais publicaram prints conversas falsas entre Whindersson Nunes e Jéssica Canedo. Nas mensagens, o homem flertava com a mulher e a convidava para um encontro.

Os dois vieram a público desmentir a história. Whindersson alegou que a conversa era falsa e que não conhecia Jéssica. Ele ainda criticou erros no texto: “VIM???? Eu escrevo tudo, eu não sei escrever Réveillon, mas VIR eu sei”, disse ele sobre um trecho da mensagem que diz “Posso pedir pra agilizar tudo pra você vim?”

Na época, Jéssica se manifestou nas redes sociais. Além de apontar que os comentários direcionados a ela estavam “passando dos limites”, ela ainda afirmou: “eu jamais imaginei ter que vir aqui me pronunciar sobre seja lá o que for. Afinal, eu não sou famosa e nem nunca quis ser”.

Centro de Valorização da Vida

Se você estiver passando por uma situação difícil e precisar de ajuda, ligue para o CVV (Centro de Valorização da Vida) no telefone 188. O CVV é uma entidade civil que oferece apoio voluntário, gratuito e anônimo em prol da prevenção do suicídio.

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Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.
Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.
Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.
Maria Clara Lacerda é jornalista formada pela PUC Minas e apaixonada por contar histórias. Na Rádio de Minas desde 2021, é repórter de entretenimento, com foco em cultura pop e gastronomia.