A Justiça decretou a prisão preventiva de Rinaldo Roberto da Cruz, 51 anos, preso em flagrante nessa terça-feira (7) durante operação da Polícia Civil que
Durante o depoimento, Rinaldo admitiu usar uma substância escura chamada “caramelo” para simular o envelhecimento da cachaça, com o intuito de enganar o consumidor. Foram identificadas três marcas nos rótulos: Cachaça da Farra, Cachaça Rainha de Minas e Cachaça Capelinha.
A investigação também envolveu uma fábrica de embalagens em Sarzedo, na Grande BH, ligada ao filho e à nora de Rinaldo, que negaram participação na produção irregular.
Descoberta da operação
A ação teve início após denúncia anônima recebida pela 2ª Delegacia do Barreiro, que investigava a fabricação irregular de cachaça. Ao chegar ao endereço, a equipe policial foi recebida pelo proprietário, que se apresentou como comerciante de cachaça e permitiu a entrada dos agentes.
A vistoria revelou uma produção estruturada, com maquinário distribuído em vários pavimentos, incluindo:
- Cinco tonéis no sótão do terceiro andar;
- Três compartimentos com líquido na garagem;
- Rótulos e embalagens plásticas;
- Máquinas de envase, fechamento de tampas e esteira enfardadeira;
- Impressora serigráfica para impressão de rótulos.
Em entrevista à Itatiaia, o delegado Túlio Leno, da 2ª Delegacia do Barreiro, detalhou a operação:
“Ele fazia de forma muito arcaica dentro da casa dele, de três andares. Armazenava no primeiro andar e bombeava a bebida para o terceiro, onde fazia o envase.”
Rinaldo deve responder por três crimes:
- Crime contra as Relações de Consumo;
- Adulteração de Produtos Destinados ao Consumo;
- Violação de Marca.
O mandado de prisão preventiva prevê pena de até 12 anos. A Vigilância Sanitária e o Ministério da Agricultura (MAPA) foram acionados para os procedimentos cabíveis, e a perícia da Polícia Civil realizou exames técnicos.