Em coletiva de imprensa, foi confirmado pelo delegado do caso, Felipe Oliveira,
“As páginas de fofoca não têm envolvimento direto no crime de instigação ao suicídio. A participação indireta de não checar aquela notícia que chegou até elas já entra no âmbito de uma eventual obrigação de verificar a veracidade da notícia, até para prevenir consequências. Isso não é do nosso inquérito”, definiu o delegado após a conclusão da ação da PCMG.
“Durante toda essa investigação a gente conseguiu identificar uma pessoa que diretamente instigou ela, através do direct [do Instagram] a cometer suicídio”, revelou o delegado. “Essa mensagem foi enviada no dia 19, ela viu a mensagem e nós identificamos essa pessoa que enviou. Foi uma jovem de 18 anos que é da cidade do Rio das Ostras, do Rio de Janeiro”, informou sobre a indiciada.
Oliveira relatou que a investigação buscava responsáveis por instigar o autoextermínio de Jéssica, que ocorreu em dezembro de 2023. “No direito brasileiro, só é punido a título de dolo, ou seja, a pessoa tem que ter desejado que a pessoa cometesse suicídio. [...] A única pessoa que teria feito isso de forma dolosa foi essa jovem do Rio de Janeiro, que acabou sendo indiciada”, detalhou.
“Nenhuma das páginas divulgou a notícia com o intuito de levar Jéssica a cometer suicídio. [...] Não havia dolo com intenção de levar ela a cometer esse ato”, acrescentou. O delegado destacou que a responsabilidade civil de quem gerencia as páginas é de “outra seara que não cabe à Polícia Civil apurar, nem imputar”. No entanto, Oliveira não apontou a quem caberia este processo.
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