A Justiça mineira atendeu um pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para obrigar o
Edifício JK, em Belo Horizonte, tem mais moradores que 247 cidades de Minas: ‘lugar bacana de morar’
Segundo o MPMG, a sede do Instituto Histórico e Geográfico vem sofrendo significativos danos físicos pelos diversos pontos de infiltrações de água, especialmente no teto e paredes laterais, em razão da ausência de manutenção adequada”. O órgão também divulgou imagens que mostram os danos no interior do instituto, como estufamento, descolamento de revestimento e manchas de umidade.
O Ministério Público afirma a umidade também vem causando danos ao piso de tacos de madeira, original da época da construção, além de colocar em risco os diversos quadros e obras de arte fixados nas paredes. “Além de prejuízos ao acervo, há comprometimento da qualidade ambiental do espaço, pois a presença constante de umidade causa bolor, mofo e fungos, podendo causar problemas de saúde nos funcionários e frequentadores do local”, diz trecho do documento.
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O MPMG ainda ressaltou sua preocupação com a chegada do período chuvoso e afirmou que o Condomínio JK “não conta com uma gestão administrativa adequada”. O prédio é gerido há mais de 40 anos pela mesma administração, que é alvo de críticas de moradores.
“O Condomínio JK, por não contar com uma gestão administrativa adequada, haja vista a ausência de um plano de conservação do edifício e a notória omissão na execução de medidas necessárias para se evitar prejuízos patrimoniais e estéticos ao imóvel e ao rico acervo depositado no Instituto, coloca em sério risco o patrimônio cultural local e estadual”, diz trecho da ação.
Edifício JK e Instituto Histórico
O Conjunto JK é constituído por dois blocos (A e B) e, além das áreas residenciais, conta com estabelecimentos comerciais e de serviços, e um terminal turístico. No bloco B, cujo acesso se faz pela rua dos Guajajaras nº 1268, situa-se a sede do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (IHGMG), em um imóvel doado pelo Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da lei estadual nº 4.082, de 1966.
O Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, criado em 1907, tem como objetivo preservar, produzir e divulgar registros históricos do Estado de Minas Gerais. Em 1967, o Instituto recebeu a escritura de doação em comodato de área construída de 500 metros quadrados, localizado na sobreloja do Edifício Juscelino Kubitschek.
O espaço é composto por hall, salas administrativas, auditório, espaço multiuso, centro de documentação e biblioteca. No local, estão custodiados bens culturais de extrema relevância para Minas Gerais, especialmente um vasto acervo artístico e documental, com fotografias e documentos únicos e originais - inclusive relativos à Inconfidência Mineira.
A biblioteca do IHGMG possui um acervo de cerca de 29 mil livros, com destaque para a História do Estado de Minas Gerais. Na mapoteca do instituto existem 723 preciosos mapas geográficos.