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Defensoria pública começa mutirão para ajudar a reduzir número de detentos no Ceresp Gameleira

O atendimento jurídico na unidade pode agilizar os processos ao identificar, por exemplo, possíveis benefícios já disponíveis para o preso, como a liberdade provisória

Os cerca de 500 custodiados do Ceresp Gameleira devem ser atendidos, nesta quinta e sexta-feira,

Os cerca de 500 custodiados do Ceresp Gameleira devem ser atendidos, nesta quinta e sexta-feira, pelos defensores que participam do mutirão de atendimento da Defensoria Pública de Minas Gerais.

Esta é a nona ação do tipo realizada no estado, neste ano. O encontro presencial com os custodiados é uma segunda etapa deste mutirão, que começou com o levantamento de informações de cada um dos casos, como explica o Coordenador Criminal na Capital, Defensor Ricardo de Araújo Teixeira.

“Informações colhidas e providências adotadas na primeira fase do mutirão vão ser repassadas aos custodiados e vão ser colhidos outras informações numa segunda etapa do mutirão. O fluxo do Ceresp é muito rápido, as pessoas costumam ficar na unidade cerca de dois meses. Então, o tipo mais comum de situação é (quando a defensoria se depara) com pessoa presa, recentemente, em flagrante. Essa pessoa já tem o acompanhamento da defensoria nas audiências de custódia. Todos os que não tem advogados constituídos são acompanhados pelo Defensoria Pública”, explicou.

No começo de agosto, a justiça determinou que o Ceresp não vai poder receber mais de 550 detentos ao longo deste mês. A instalação está em obras e o número vai variar até a conclusão da reforma. Nesse cenário, o mutirão também é uma forma de reduzir a superlotação da unidade:

“A defensoria acompanha de perto a situação da unidade prisional. São realizados visitas e inspeções periodicamente. As recomendações são encaminhadas para a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). A última dessas recomendações ocorreu em meados de julho deste ano. A Defensoria também acompanha o procedimento no qual foi reconhecida a limitação capacidade da unidade. A ideia do mutirão de fato é contribuir na identificação de situações de prisão ilegal, tendo impacto direto na superlotação”, disse.

O defensor Ricardo de Araújo Teixeira lembra ainda que, para além dos mutirões, o atendimento está disponível para todas as pessoas privadas de liberdade:

“Familiares das pessoas privadas e liberais podem procurar as unidades da Defensoria Pública de sua comarca. Em Belo Horizonte, o atendimento é na rua Guajajaras, 1707 das 8h às 17h em dias úteis

Ana Luiza Bongiovani é jornalista e também graduada em direito. É repórter da Itatiaia.