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Justiça de Minas cria ouvidoria exclusiva para combate à violência contra a mulher

Setor vai ficar vinculado à Ouvidoria do Tribunal e será presidido por uma mulher; departamento vai poder solicitar prioridade em alguns processos no caso de ‘morosidade’ da Justiça

Sede do Tribunal de Justiça de Minas Gerais

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) instituiu a Ouvidoria da Mulher, um setor exclusivo para contribuir com o combate à violência contra as mulheres no Estado. A decisão foi publicada no Diário de Justiça de Minas Gerais (DJMG) nesta quinta-feira (27) e é assinada pelo Órgão Especial do TJMG, formado por 25 desembargadores.

De acordo com a decisão, o setor vai ficar vinculado à Ouvidoria do Tribunal e será presidido pela desembargadora Evangelina Castilho Duarte, superintendente da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv) do TJMG.

Objetivos e responsabilidade

A Ouvidoria da Mulher da Justiça de Minas Gerais tem quatro objetivos principais. São eles:

  1. Contribuir para o aprimoramento da Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres;

  2. Criar um canal especializado em analisar relatos de violência contra a mulher, a partir da escuta de vítimas e familiares dessas mulheres;

  3. Fortalecer o relacionamento entre a Justiça de Minas Gerais e a vítima de violência doméstica e familiar, com atividades de informativas, educativas e de orientação social;

  4. Agir a partir dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, celeridade e eficiência.

O departamento vai ficar responsável por receber manifestações sobre ações que envolvem violência contra a mulher e encaminhar esses relatos às autoridades competentes. A Ouvidoria também vai orientar as vítimas e seus familiares sobre como ter acesso à estrutura estatal para combate à violência contra a mulher.

A resolução aprovada pelos desembargadores ainda cita a possibilidade da Ouvidoria da Mulher solicitar prioridade em alguns casos, quando for identificada lentidão (morosidade) nos processos judiciais.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.
Apresentadora e produtora da Rádio Itatiaia. Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Especialista em Mídias Digitais pela PUC Minas e em Produção de Rádio e TV pela Fumec. Já escreveu para as editorias de Política e Cidade nos jornais O Tempo e Super Notícia, e tem passagem pela FM O Tempo.