Um projeto de extensão da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está preparando agentes públicos de mais de 200 municípios para lidarem com acumuladores de animais e prevenirem endemias. Segundo estudo feito em 2017, Belo Horizonte tem aproximadamente 400 casos de acumulação de animais.
O Transtorno de Acumulação de Animais acontece quando um indivíduo possui uma compulsão por reunir um número excessivo de animais em ambientes domésticos, sem estrutura ou condição financeira o suficiente para proporcionar qualidade de vida a estes animais. Normalmente, nestes casos, os animais acabam vivendo com um padrão mínimos de nutrição, sem higiene e sem receber vacinas e vermifugação adequada.
Como este hábito pode trazer doenças tanto aos animais quanto aos seres humanos, a acumulação se tornou um problema de saúde pública. Por isso, o projeto das professoras Danielle Ferreira de Magalhães Soares e Camila Stefanie Fonseca de Oliveira, do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, visa preparar profissionais para detectar precocemente casos de acumulação de animais em seus municípios.
A capacitação dos agentes de saúde envolve o ensino de uma metodologia de recenseamento dos animais de cada municípios, e define critérios para a classificação dos tipos de acumuladores. Por fim, os agentes são orientados com estratégias para lidar com o problema.
O programa foi lançado em 2020 e, até o momento, mais de 200 municípios mineiros já receberam cursos e oficinas organizados pelo grupo da UFMG. Os pesquisadores também publicaram o “Guia de atenção aos acumuladores de animais, leishmaniose visceral canina e esporotricose zoonótica”, que é um