Uma operação deflagrada na manhã desta terça-feira (3) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) identificou uma grande rede de lavagem de dinheiro oriundo de facções criminosas envolvidas com o tráfico.
A Operação Mamon, lançada por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com a Polícia Civil de Minas Gerais, identificou também diversas empresas fantasmas, usadas para lavar capitais ilícitos, dentre elas uma rádio e uma igreja evangélica.
A primeira fase da operação ocorre também em outros quatro estados: São Paulo, Tocantis, Alagoas e Amapá. Neste momento, estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão, além do sequestro de veículos e valores em conta bancária, no valor de R$ 170 milhões.
Em dois anos de investigação, a operação Mamon descobriu que a rede criminosa movimentou mais de R$ 6 bilhões em cinco anos. O dinheiro ilícito era adquiro a partir de estelionatos, falsidade ideológica e tráfico de drogas. Segundo o promotor de justiça Gabriel Mendonça, uma das movimentações financeiras teria conexão com o PCC.
“Acredita-se que há um grupo especializado em lavagem de dinheiro para diversos outros grupos criminosos, mesmo que antagônicos. A gente tem diversos crimes antecedentes já identificados, desde estelionato até envolvimento de crime de facção criminosa, especificamente é uma movimentação financeira envolvendo PCC. O objetivo da investigação era arrecadar documentos e aparelhos eletrônicos para que a gente possa, a partir desses elementos, identificar melhor esse trânsito do dinheiro e conseguir identificar a organização criminosa e como ela transita com dinheiro por diversas contas bancárias”.