O instrutor de academia Artur Martins Santos, de 19 anos, morreu na noite dessa terça-feira (2) no Hospital São João de Deus, em Divinópolis, Região Centro-Oeste de Minas, horas depois de
Artur foi baleado enquanto trabalhava, por volta das 6h da manhã, pouco tempo após a abertura do estabelecimento. O atirador, que entrou no local utilizando uma touca ninja, saiu de dentro de um Fiat Uno que ficou parado na frente da academia por cerca de 1h antes do crime.
A Itatiaia elenca, agora, o que já se sabe do caso.
Autores esperaram chegada de Artur e atirador perguntou por ele antes de atirar
Por volta das 5h dessa terça-feira (2), dois homens chegaram em um Fiat Uno que ficou estacionado na porta da academia antes do espaço abrir. Pouco tempo depois, o instrutor chegou ao local e iniciou mais um dia de trabalho.
Antes das 6h, um dos ocupantes do veículo desembarcou com uma touca ninja, entrou na academia e perguntou quem era Artur. Quando o rapaz atendeu, o suspeito sacou uma pistola .40, atirou e fugiu no carro. O jovem foi atingido no peito e no pescoço.
Artur foi socorrido com vida, mas morreu horas depois
O instrutor foi resgatado ainda consciente por um sargento da Polícia Militar de folga que estava na academia e viu toda a movimentação, inclusive o Uno estacionado antes do estabelecimento abrir.
A vítima chegou a ser levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e depois transferida para um hospital, porém não resistiu aos ferimentos e morreu.
Vítima apontou possível mandante antes de morrer
De acordo com o BO, a vítima estava consciente após ser baleada e revelou ao sargento ter tido uma ‘briga feia’ com um empresário que também tem ligação com a academia. O militar, que conhece o suspeito, questionou a vítima se realmente seria ele o mandante, já que o homem é considerado uma “pessoa de bem”. Artur confirmou.
Briga por causa de mulher
Perguntado pelo sargento, Artur afirmou que teve uma briga feia com o suspeito por causa de uma mulher e que o empresário disse que mandaria matá-lo.
Mãe da vítima confirmou briga
Um tenente da Polícia Militar envolvido na ocorrência foi até o hospital e conversou com a mãe de Artur, que confirmou que havia ocorrido uma “briga forte” entre o filho e o empresário.
Suspeito negou acusação
O empresário acusado estava na academia e disse à polícia não ter tido qualquer desentendimento com Artur. Ele disse, ainda, que se apresentaria voluntariamente à delegacia, garantindo não ter nenhuma relação com o crime. Os celulares da vítima e do suspeito foram apreendidos.
Ao se apresentar na delegacia, o suspeito reafirmou não ter tido nenhum desentendimento com Artur. Ele relatou que a vítima teve um romance com uma mulher casada, que seria Testemunha de Jeová. Segundo ele, Artur lhe mostrou uma foto da mulher, mas não disse o nome dela.
Carro utilizado era roubado, com a placa adulterada e foi abandonado
O Uno usado no crime foi localizado abandonado na Rua Olímpio Moreira, bairro Interlagos, em Divinópolis. Segundo populares, após deixarem o carro, os suspeitos embarcaram em um Fiat Palio e continuaram a fuga. A perícia foi acionada e encontrou uma touca ninja, além de coletar amostras de DNA no veículo, que foi furtado no dia 11 de julho, em Santa Luzia, na Grande BH, e teve a placa adulterada.
Academia emitiu nota de pesar
Nas redes sociais, a academia onde Artur foi assassinado
Abaixo, confira o comunicado na íntegra:
“Hoje nos despedimos de uma pessoa muito especial para nossa equipe e nossa história. É com profunda tristeza que comunicamos o falecimento de nosso colaborador Artur. A academia permanecerá fechada por tempo indeterminado, quando retornarmos as atividades comunicaremos. Agradecemos a compreensão de todos neste momento de luto, e nossos sentimentos à família e amigos”.
Academia emite nota de pesar após assassinato de instrutor: ‘Profunda tristeza’
Polícia Civil investiga o crime
Procurada pela Itatiaia, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que instaurou um inquérito para investigar o crime.
“Diversas informações relacionadas ao caso já estão sendo levantadas, mas não podem ser repassadas neste momento para não comprometer o andamento dos trabalhos investigativos”, afirma.
“A perícia realizou exames em um veículo que teria sido utilizado pelos suspeitos. As oitivas também já foram iniciadas e seguem sendo realizadas com o objetivo de esclarecer a dinâmica e a autoria do crime”, detalha a corporação.