Um vereador da cidade de Arapongas, na Zona da Mata mineira, foi preso durante a Operação Sicário do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) realizada nesta sexta-feira (15). Ele é apontado como um dos líderes de um grupo criminoso. O nome do parlamentar não foi divulgado.
Segundo o MP, esse grupo é apontado como responsável por homicídios qualificados, porte de armas de fogo e tráfico de drogas na região de Arapongas, Ervália e Viçosa. Na operação foram cumpridos 11 mandados judiciais nos municípios de Viçosa, Araponga e Sericita, sendo três mandados de prisão temporária e oito mandados de busca e apreensão, inclusive na Câmara Municipal de Araponga.
No curso das diligências houve ainda a prisão em flagrante de mais três pessoas, uma delas maior de idade e dois adolescentes. Além disso drogas, diversas munições e uma arma de fogo foram apreendidas.
De acordo com o Ministério Público, as apurações foram deflagradas com a finalidade de apurar o envolvimento dos integrantes do grupo, inclusive do agente político e seus familiares, em diversos homicídios qualificados na cidade de Arapongas, além da participação em uma organização criminosa atuante. É o que explica o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), o promotor de justiça, Breno Costa da Silva Coelho.
“Chama atenção que um dos principais investigados na atividade é um vereador do município de Araponga, tido como um dos principais atores desse grupo investigado. Cumprimos mandados da Câmara Municipal de Araponga para poder arrecadar material para nos auxiliar na na apuração dos fatos”, conta.
“O Poder Judiciário decretou a prisão temporária por 30 dias do vereador e de mais duas pessoas diretamente ligadas a ele, esse prazo, sendo necessário, pode ser prorrogado, e o Ministério Público, dentro de 60 dias, vai concluir a primeira etapa das investigações”, completa.
O promotor afirma que nos últimos dias, o município de Araponga está passando por uma situação muito crítica de segurança pública, em que a própria população percebeu isso e está extremamente amedrontada.
A ação contou com o Gaeco regional da Zona da Mata, a Promotoria de Ervália e as polícias Civil e Militar. A reportagem da Itatiaia entrou em contato com a Câmara Municipal de Araponga, que informou que não vai se pronunciar.