Polícia Civil apreende celulares em investigação de contaminação em petiscos para pets

Dois celulares foram apreendidos pela Polícia Civil em meio às investigações de possível contaminação de petiscos pet com propilenoglicol, o que seria responsável pela morte de mais de 40 animais no Brasil. Segundo a delegada responsável pelo caso, Danúbia Quadros, a medida se deu por uma divergência entre depoimentos.

“Segundo o representante da A&D, que afirmou em oitiva, essa funcionária da TecnoClean teria pedido para que ele alterasse o laudo para constar grau USP, ou seja, que aquele produto poderia ser comercializado para consumo humano ou animal. Já a funcionária, após ser ouvida na delegacia especializada, afirmou que só compra da A&D produtos grau USP, e que não teria feito essa solicitação. Então, os telefones foram apreendidos, e agora a gente aguarda a degravação para confirmar de onde vem a veracidade dos fatos”, detalhou a delegada.

Segundo laudo da PC, o petisco consumido por Mallu - cadelinha que morreu no dia 6 deste mês - estava contaminado com monoetilenoglicol. Ela consumiu o petisco Everyday - sabor carne e bacon - da Bassar Pet Food. Até o momento, ao menos 11 tipos de petisco tiveram recolhimento determinado por suspeita de contaminação.

Relembre

A investigação teve início após tutores desconfiarem da morte de dois cães e levarem corpos para serem periciados pela Escola Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Conforme laudo de necropsia, os animais morreram por “lesões renais graves” em decorrência de consumo de etilenoglicol. Na ocasião, os donos suspeitaram que a substância estava em petiscos.

No dia 2 de setembro, a Polícia Civil divulgou dados que confirmam a presença de monoetilenoglicol - mesmo que etilenoglicol - em um petisco recebido pela instituição de um dos tutores que registrou denúncia.