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PF realiza operação no RJ e em SP contra grupo que roubava FGTS e auxílio emergencial

Ação cumpre 27 mandados e bloqueia R$ 45 milhões em bens de investigados, indiciados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e furto qualificado

PF deflagra Operação Trampo no Rio de Janeiro e em São Paulo

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (5) a ‘Operação Trampo’ com o objetivo de desarticular um grupo criminoso suspeito de desviar valores do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do Auxílio Emergencial de contas da contas da Caixa Econômica Federal.

Segundo os agentes federais, o grupo, que também é acusado de lavagem de dinheiro, obtinha, de forma ilícita, dados sigilosos de beneficiários e correntistas da Caixa Econômica Federal e, através da falsificação de documentos, acessavam as contas bancárias das vítimas para realizar saques fraudulentos e pagamentos de boletos digitais.

Na ação desta quarta (5), cerca de 100 policiais federais cumpriram 27 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio e Niterói e nas cidades de Várzea Paulista, Salto, Indaiatuba, além da capital paulista. Os investigados foram indiciados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e furto qualificado.

Além dos mandados, a Justiça Federal determinou o sequestro de bens no valor de cerca de R$ 45 milhões e impôs medidas cautelares. A Polícia Federal (PF) segue com as diligências para identificar todos os envolvidos e recuperar os valores subtraídos, além de garantir a responsabilização dos autores.

A PF alerta que emprestar ou ceder contas bancárias para movimentação de valores ilícitos é crime. “A prática contribui para o financiamento de organizações criminosas e causa prejuízos a milhares de brasileiros”.

Como funcionava o esquema?

De acordo com as investigações, o grupo criminoso obtinha de forma ilegal dados sigilosos de beneficiários e correntistas da Caixa e falsificava documentos. Assim, conseguiam acessar contas bancárias das vítimas. Com esse acesso, realizavam saques fraudulentos e pagamentos de boletos digitais, desviando valores destinados a cidadãos em situação de vulnerabilidade social.

Os investigadores também descobriram que o grupo usava conexões de internet registradas em nome de terceiros para acessar as contas de forma não autorizada, inclusive pelo aplicativo Caixa Tem. A atuação envolvia diversos integrantes com funções específicas na coleta e uso dos dados bancários.

Os investigados foram indiciados por organização criminosa, lavagem de dinheiro e furto qualificado pela fraude. Também são apurados os crimes de uso de documento falso, falsidade ideológica e peculato-furto.

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Izabella Gomes é estudante de Jornalismo na PUC Minas e estagiária na Itatiaia. Atua como repórter no jornalismo digital, com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo.
Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.
Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.