O sargento da reserva da Polícia Militar (PM) detido por tentar
“O suspeito, um homem de 51 anos, foi conduzido e ouvido por meio da 2ª Central Estadual do Plantão Digital, onde teve a prisão em flagrante ratificada por homicídio na modalidade tentada. Após os procedimentos de polícia judiciária, ele foi encaminhado ao sistema prisional, ficando à disposição da Justiça. As investigações prosseguem visando elucidar os fatos”, destacou o texto.
A ocorrência foi registrada na Avenida Cristiano Machado, bairro Ipiranga, Região Nordeste de Belo Horizonte. O magistrado, que não será identificado, estava em uma motocicleta e foi surpreendido pelo policial no trânsito. Em entrevista à Itatiaia, ele, que é lotado na Terceira Vara do Trabalho de Betim, na Grande BH, contou como escapou da morte.
“De repente, me deparei com uma pessoa vindo até mim com uma faca nas mãos, tentando me esfaquear. Acho que foi Deus ou o reflexo, porque fui agraciado nesse momento e consegui me desvencilhar. Consegui saltar da moto por reflexo e fugir dos golpes. E ele, com uma arma parecida com um soco inglês, parecida com aquelas facas de combate, desferindo golpes e me cercando. Minha moto caiu no chão porque soltei dela. E a minha esposa atrás e o meu filho vendo tudo. De repente, ele começa a chutar minha moto e pisar nela. Foi quando consegui correr”, disse o magistrado.
O juiz contou que o sargento foi atrás dele com a faca (tipo karambit, muito usada em combate pessoal), dizendo que ia matá-lo. “Por sorte, tinha uma base móvel da Polícia Militar a uns 50 metros, e eu gritei: ‘Socorro! Socorro!’. E os policiais vieram e agiram, apontaram a arma para ele e pediram para soltar a faca. Inclusive, no primeiro momento, ele não queria soltar. E o policial ameaçou, falou que poderia atirar. Aí ele soltou a arma e foi contido pelos policiais”, detalhou.
Problema psiquiátrico grave
A esposa do suspeito disse aos policiais que o marido está afastado da função e foi reformado por problemas de ordem psicológica, em função de um acidente de trabalho. O juiz explicou que a esposa do militar chegou à delegacia.
“Em prantos, me pediu desculpas. Falou que ele (o militar) não me conhece, que não tem nada contra a minha pessoa, que está com um problema psiquiátrico grave, que gerou a aposentadoria dele na polícia por invalidez. Disse que ele sofreu um acidente, teria perdido parte da massa encefálica. Ela chegou com atestado. Eu nem li, não entrei em detalhes, mas foi o que ela disse”, concluiu.