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Os detalhes da morte da traficante Japinha do CV durante megaoperação no RJ

Penélope era considerada uma figura de confiança dos chefes locais e linha de frente da facção; nas redes sociais, mulher ostentava armas e ficou conhecida como ‘musa do crime’

No momento do confronto, Penélope vestia roupa camuflada e colete tático com compartimentos para carregadores de fuzis

Uma das principais combatentes do Comando Vermelho, segundo a polícia, morreu, na terça-feira (28), durante o confronto entre policiais e integrantes da facção. Identificada como Penélope e conhecida também pelos apelidos de Japinha e “musa do crime”, a mulher foi encontrada morta em um dos principais acessos da comunidade, horas após tiroteio.

No momento do confronto, Penélope vestia roupa camuflada e colete tático com compartimentos para carregadores de fuzis.

Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver que a mulher teve o rosto desfigurado após ser atingida por tiros de fuzil na cabeça. A traficante era apontada como linha de frente do Comando Vermelho, sendo um dos principais membros da facção.

Conforme investigações, ela era pessoa de confiança entre os chefes do tráfico e responsável por proteger as rotas de fuga dos comparsas, além de monitorar pontos de venda de drogas na região.

Nas redes sociais, Penélope ostentava armas. Ela ganhou o apelido de “musa do crime”. Em imagens que circulam nas redes sociais é possível ver a jovem armada com fuzis vestida com roupas táticas.

Operação mais letal da história do RJ

A “Japinha do CV” morreu durante a maior e mais letal operação policial já registrada no Rio de Janeiro. Ação teve como objetivo conter o avanço do Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Na manhã desta quarta-feira (29), dezenas de corpos foram levados por moradores à Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio.

Assim, como Penélope, muitas das pessoas encontradas mortas nesta quarta (29) vestiam roupas camufladas. A farda é usada comumente por soldados do Comando Vermelho (CV). Moradores afirmam que muitos corpos apresentam tiros na nuca, facadas nas costas e ferimentos nas pernas.

O primeiro balanço apontava 64 mortos, entre eles quatro policiais. Já um segundo balanço, divulgado nesta quarta (29) pela Defensoria Pública, aponta 132 mortes. Posteriormente, a Polícia Civil do RJ divulgou que foram 119 mortos, sendo 115 traficantes e quatro policiais.

(Sob supervisão de Edu Oliveira)

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Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas
Izabella Gomes é estudante de Jornalismo na PUC Minas e estagiária na Itatiaia. Atua como repórter no jornalismo digital, com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo.