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Megaoperação: Paes diz que Rio ‘não pode e não vai ficar refém de grupos criminosos’

A declaração acontece após uma megaoperação na capital fluminense contra o Comando Vermelho que deixou ao menos 64 mortos e 81 presos

Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD)

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), afirmou, na tarde desta terça-feira (28), que a população carioca “não pode e não vai ficar refém de grupos criminosos que espalham medo pelas ruas” da cidade. A declaração acontece após uma megaoperação na capital fluminense contra o Comando Vermelho que deixou ao menos 64 mortos e 81 presos.

“Eu determinei a todos os órgãos municipais que mantivessem o funcionamento normal das suas atividades e que, obviamente, auxiliasse a população em caso de necessidade. Serviços BRT estão neste momento normalizados, e os serviços da prefeitura vão permanecer abertos até o fim do expediente”, declarou o prefeito.

Paes disse ainda que tomará decisões no sentido de que “a vida dos cariocas seja o menos impactada possível”.

“Eu quero repetir aqui, compete ao poder público, independente do nível de governo, a tarefa de ser implacável contra esses grupos criminosos que buscam a medrar a população trabalhadora. A prefeitura, naquilo que te compete, que lhe compete, vai continuar agindo nessa crise com autoridade, com comando e com firmeza”, completou.

A operação

A operação nos complexos do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho (CV), no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28), é a mais letal da história da capital fluminense. Até o momento, as autoridades confirmaram a morte de 64 pessoas, sendo quatro policiais.

O número de mortes é o dobro do registrado em uma operação na favela do Jacarezinho, em maio de 2021, quando 28 pessoas foram mortas em um intenso tiroteio. Os dados são do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni-UFF), que mapeia ações policiais desde 1989.

A terceira operação que mais deixou mortos na história foi em maio de 2022, na Vila Cruzeiro, também no Complexo da Penha. Na ocasião, 24 pessoas foram mortas em uma operação deflagrada

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Jornalista pela UFMG, Lucas Negrisoli é editor de política. Tem experiência em coberturas de política, economia, tecnologia e trends. Tem passagens como repórter pelo jornal O Tempo e como editor pelo portal BHAZ. Foi agraciado com o prêmio CDL/BH em 2024.