Quem frequenta os grandes shoppings de Belo Horizonte já percebeu que o atendimento está cada vez mais automatizado, especialmente nas praças de alimentação. Totens de autoatendimento permitem que o próprio cliente escolha o pedido, faça o pagamento e gere o comprovante, sem passar pelo caixa tradicional.
A tecnologia, no entanto, ainda exige adaptação. Em algumas lojas, há poucos equipamentos disponíveis ou dificuldades no uso, o que pode atrasar o atendimento. Entre os consumidores, a avaliação é dividida: enquanto alguns apontam mais agilidade, outros reclamam de falhas e da falta de suporte.
A contadora Ana Flávia avalia que a inovação facilita o dia a dia, mas ainda representa um obstáculo para parte do público. “Ajuda bastante, mas para quem tem mais dificuldade com tecnologia, acaba sendo um problema”, afirma.
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Já a auxiliar administrativa Larissa Cristina diz que os totens agilizam o atendimento, mas critica as constantes falhas. “Quando funciona, melhora muito a fila. O problema é quando você chega e o equipamento está em manutenção”, relata.
Para a psicóloga Aline, além da adaptação dos clientes, há preocupação com o impacto no mercado de trabalho. “As pessoas precisam aprender a usar a máquina, mas também houve redução de postos de trabalho no atendimento”, observa.
Segundo Marcelo Silveira, diretor do Sindicato do Comércio de Lojas de Belo Horizonte (Sindilojas-BH), a boa utilização dos totens depende tanto dos consumidores quanto dos lojistas. Ele defende que os estabelecimentos se preparem melhor para essa mudança.
“Os restaurantes precisam investir em telas mais interativas e de fácil compreensão para o consumidor. Isso pode agilizar o processo de compra, reduzir as filas e diminuir a rejeição que alguns clientes ainda têm em relação ao uso dos totens”, explica. Para ele, a adaptação é semelhante ao que ocorreu com os totens de pagamento de estacionamento.
A reportagem da Itatiaia procurou os cinco maiores shoppings de Belo Horizonte para comentar o uso dos totens de autoatendimento, principalmente nas praças de alimentação, mas nenhum deles se posicionou até o fechamento da matéria.