O segmento de bares e restaurantes é um dos mais empolgados com o
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), que representa o setor, acredita que a proposta da PBH pode resolver um problema que se arrasta desde a pandemia: a falta de ônibus no final da noite e durante madrugada na cidade, conhecida como a capital nacional dos botecos.
Carla Rocha, presidente da Abrasel Regional Minas, destacou que a revitalização não é só imobiliária, mas geral, dentro do que a população espera da infraestrutura de belo-horizontina.
“Queremos uma cidade mais viva, mais segura e principalmente o retorno dos ônibus urbanos, metropolitanos, na noite de BH. Com isso, a gente volta a ser mais viva ainda e isso irá fortalecer mais ainda a capital criativa da gastronomia e a capital dos botecos”, explicou ela.
A presidente da Abrasel reforçou a importância de mais linhas de ônibus até mesmo para a segurança dos colaboradores dos bares, destacando-se que é uma demanda que vem desde o período pós-pandemia.
“Uma das primeiras coisas que temos que ter em mente enquanto empresários do setor de alimentação fora do lar é a segurança dos nossos colaboradores. Hoje precisamos fechar mais cedo porque não tem como colocá-los na rua com tudo muito escuro. Isso é algo que a gente vem pleiteando desde o pós-pandemia.
Não tínhamos esse problema antes, a cidade funcionava muito bem. Tínhamos bons restaurantes, bares, funcionando até mais tarde. É um pleito que a gente vem pedindo insistentemente à prefeitura para nos apoiar e voltar com os ônibus noturnos e a cidade voltar a brilhar”, reforçou Rocha.
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Pluralidade e valorização dos bairros
Carla ainda apontou a importância da revitalização para
“Não só novos estabelecimentos, mas acredite, já há bons estabelecimentos. Nós temos uma pluralidade incrível na cidade de Belo Horizonte e em todos os bairros. Cada bairro tem o seu charme, a sua tradição, aquele boteco que o faz crescer na cidade. Eu acompanho muitos blogueiros e profissionais da área da gastronomia que descobrem, a cada dia, bares super importantes nesses bairros que a gente acha que não tem uma crescente evolução no setor de alimentação fora do lar”, apontou Carla Rocha.
Melhorias no trânsito
A Itatiaia ouviu, também, a Secretaria de Política Urbana de Belo Horizonte, Renata Herculano, que destacou que o projeto de moradias populares no Centro e bairros vizinhos pode trazer outro benefício: a melhoria do trânsito, mesmo com o número maior de pessoas circulando.
“A gente já tem um pacote de obras que vêm acontecendo na Região Central, inclusive o parque de integração da Lagoinha, com uma série de praças, de interligação entre essa região e o Centro. Outras iniciativas também vêm sendo feitas nesse território. E a gente não pode só pensar na qualificação do espaço público e os espaços privados não responderem a isso e não fazerem uso, também. Então, a expectativa é que um alimente o outro. É claro que quando a gente começar a ter mais gente morando, mais gente usufruindo dos espaços, tende-se a ter uma qualificação desses espaços”, afirmou ela.
Segundo Herculano, com mais pessoas vivendo no Centro, a mobilidade na região tende a melhorar.
“Haverá redução nas pessoas que precisam fazer esse caminho longo entre o emprego, que hoje está majoritariamente na área Central, e as regiões mais periféricas da cidade. Então, acabaremos usufruindo dessa infraestrutura que já está instalada hoje”, concluiu a secretaria.