A pesquisa ouviu 21.641 mulheres com 16 anos ou mais em todo o país, e foi realizada pelo DataSenado e pela Nexus, em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV), do Senado Federal.
Ainda segundo o levantamento,
“Os dados revelam que a violência doméstica limita a autonomia das mulheres e pode impedir o acesso a direitos básicos, como estudo e trabalho, comprometendo o futuro das famílias e do país”, afirmou Maria Teresa Prado, coordenadora do Observatório da Mulher contra a Violência no Senado.
Autonomia econômica e desigualdade
A pesquisa também mostrou que
“Quando cruzamos esses dados socioeconômicos com os indicadores de violência, vemos como a desigualdade molda o risco e a permanência das mulheres em ciclos de agressão. A autonomia econômica não é apenas desejável, mas também é uma política estratégica de enfrentamento”, destacou Vitória Régia da Silva, diretora executiva da Associação Gênero e Número.
Para Mariana Rosa, líder de Políticas Públicas pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas no Instituto Natura, o estudo reforça a necessidade de
“Precisamos de políticas integrais, que articulem segurança pública, saúde, assistência, educação e renda, oferecendo respostas reais às vulnerabilidades das mulheres. Não podemos continuar transferindo para elas a tarefa de superar sozinhas estruturas que são coletivas”, disse.
Criada em 2005 para subsidiar a elaboração da Lei Maria da Penha, a pesquisa é realizada bienalmente e se consolidou como referência para políticas de enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil.
* Informações com Agência Brasil