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“Família amada, por favor, rezem por mim. Estou na emergência, com uma dor insuportável. Se Deus quiser, não será infarto. Não sabem o que é. Só sei que é em mim a dor kkk. Fazendo exames e medicado”, publicou o padre nas redes sociais nesta terça-feira (30).
“E eu que pensava que não viria mais para o hospital neste ano… Computando aqui, família (aliás, o hospital que passou para mim): É a 21ª vez que venho para o hospital em 2025. Quase todas, neste mesmo hospital, e na maioria das vezes foi por causa da doença rara (RTD). Internações na UTI foram 8. Bati todos os meus recordes!”, acrescentou.
O mineiro tem o diagnóstico de Deficiência do Transportador de Riboflavina (RTD), uma doença ultrarrara que afeta cerca de 15 pessoas no Brasil e aproximadamente 350 no mundo inteiro.
A doença
A Deficiência do Transportador de Riboflavina (RTD), da qual o padre é portador, é uma doença genética rara e progressiva. Segundo especialistas, ela afeta os neurônios motores e sensoriais, o que provoca fraqueza muscular, dificuldade para enxergar, ouvir e engolir, além de insuficiência respiratória. A condição ocorre devido à falta de uma proteína responsável por transportar a riboflavina (vitamina B2) para dentro das células, nutriente essencial ao metabolismo.
Saiba quem é o padre
O padre Márlon Múcio nasceu em Carmo da Mata, na região Centro-Oeste de Minas Gerais. Ainda na infância, começou a sentir os primeiros sintomas da doença, como a perda da audição. Ele precisou passar por uma cirurgia corretiva ainda quando criança. No entanto, ao completar 14 anos, passou a ter dificuldade para mastigar.
O diagnóstico correto da RTD só foi possível quando o religioso completou 45 anos. Por muitos anos, ele e a família se submeteram a tratamentos para doenças que ele não possuía. Em 2010, a saúde de Márlon piorou, e ele passou a utilizar um respirador 24 horas por dia. O equipamento tem o objetivo de auxiliar na respiração e no controle da fadiga.