Padre mineiro que toma 315 comprimidos por dia é internado na UTI, em São Paulo

Márlon Múcio, de 52 anos, tem o diagnóstico de Deficiência do Transportador de Riboflavina (RTD); ele foi hospitalizado no domingo (9)

O padre mineiro Márlon Múcio, de 52 anos, lado de sua mãe Carminha

O padre mineiro Márlon Múcio, de 52 anos, foi internado em um hospital de São José dos Campos, no interior de São Paulo, neste domingo (9). O religioso tem o diagnóstico de Deficiência do Transportador de Riboflavina (RTD), uma doença raríssima que afeta cerca de 15 pessoas no Brasil e aproximadamente 350 em todo o mundo. Como parte do tratamento, ele precisa tomar diariamente 315 comprimidos.

“Família amada, rezem por mim. Hoje à tarde fui trazido de ambulância para a UTI. Estou muito fraco, fadigado, com falta de ar e com os sintomas da doença rara (RTD) mais fortes. Eu e mamãe Carminha agradecemos. Deus os abençoe”, escreveu o padre nas redes sociais. O religioso voltou a ser internado 24 dias depois de deixar o hospital. Em outubro, ele ficou internado por 14 dias.

A doença

A Deficiência do Transportador de Riboflavina (RTD), da qual o padre é portador, é uma doença genética rara e progressiva. Segundo especialistas, ela afeta os neurônios motores e sensoriais, o que provoca fraqueza muscular, dificuldade para enxergar, ouvir e engolir, além de insuficiência respiratória. A condição ocorre devido à falta de uma proteína responsável por transportar a riboflavina (vitamina B2) para dentro das células, nutriente essencial ao metabolismo.

Saiba quem é o padre

O padre Márlon Múcio nasceu em Carmo da Mata, na região Centro-Oeste de Minas Gerais. Ainda na infância, começou a sentir os primeiros sintomas da doença, como a perda da audição. Ele precisou passar por uma cirurgia corretiva ainda quando criança. No entanto, ao completar 14 anos, passou a ter dificuldade para mastigar.

O diagnóstico correto da RTD só foi possível quando o religioso completou 45 anos. Por muitos anos, ele e a família se submeteram a tratamentos para doenças que ele não possuía. Em 2010, a saúde de Márlon piorou, e ele passou a utilizar um respirador 24 horas por dia. O equipamento tem o objetivo de auxiliar na respiração e no controle da fadiga.

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