Motorista de app indiciado por matar amante na Grande BH cometeu o crime por fim de casamento

Filho da vítima, de 13 anos, também morreu. Ele era totalmente dependente da mãe e ficou oito dias sozinho em casa

Heddy Lamar de Araújo foi morta em 2024

O homem que matou Heddy Lamar de Araújo, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), em 2024, cometeu o crime porque acreditava que ela era responsável pela separação dele, apontou a Polícia Civil em coletiva de imprensa concedida nesta segunda-feira (22). Bruno Alexandre Ferreira, de 37 anos, que foi preso no último dia 18, nega o crime.

Segundo a PC, ele teria conhecido Heddy Lamar há cerca de dois anos, em uma corrida por aplicativo. Ele, que era casado, teve um envolvimento com a vítima e se encontrava com ela durante as noites e madrugadas. Eles costumavam ir a montes, conforme as investigações.

Ao longo do relacionamento, Heddy se apaixonou por Bruno, não aceitava que ele era casado e acreditava que o homem tinha que ficar com ela em vez da esposa. Heddy chegou a ir a centros de Umbanda para fazer trabalhos espirituais para que ela tivesse uma família com Bruno.

Em certo momento, a esposa de Bruno quis se separar dele. A mulher, não identificada, declarou à polícia que a motivação foi pessoal. Porém, Bruno achava que Heddy era responsável pela separação. Por isso, teria a matado.

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O crime

Heddy foi vista pela última vez no dia 25 de setembro de 2024, ao pedir uma moto por aplicativo até o Hospital Risoleta Neves. Ela caminhou até a parte central da avenida e depois não é mais vista, até ser encontrada morta, sem documentos, em um monte no bairro Nova York, em Vespasiano.

Tragédia familiar

O filho de Heddy, Bernardo Lucas de Araújo Ribeiro, de 13 anos, também morreu. Ele, que era totalmente dependente da mãe, ficou oito dias sozinho dentro do apartamento onde morava, no bairro Jardim Guanabara, Região Norte de BH. O corpo dele foi encontrado cerca de 36 horas após a morte. O encontro causou a descoberta do corpo da mãe, que demorou a ser identificada e foi dada como desaparecida por uma semana.

Heddy foi encontrada com perfurações de tesoura e faca, sem documentos, cartões e celular.

Bruno foi indiciado por homicídio quadruplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e feminicídio pelo assassinato de Heddy. Já quanto à morte de Bernardo, ele foi indiciado por homicídio contra menores de 14 anos e com a causa de aumento de pena em razão da vulnerabilidade do menino, que era autista.

Jornalista formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH). Na Itatiaia desde 2008, é “cria” da rádio, onde começou como estagiário. É especialista na cobertura de jornalismo policial e também assuntos factuais. Também participou de coberturas especiais em BH, Minas Gerais e outros estados. Além de repórter, é também apresentador do programa Itatiaia Patrulha na ausência do titular e amigo, Renato Rios Neto.
Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.

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