Localizada sobre o Aquífero Guarani, uma das maiores reservas de água doce do mundo, Olímpia deixou de ser apenas uma cidade agrícola para se transformar em um gigante do turismo nacional. O apelido de “Orlando Brasileira” não é por acaso: a cidade desenvolveu um ecossistema robusto de entretenimento familiar, resorts temáticos e parques aquáticos de classe mundial.
A combinação de águas termais naturalmente quentes (variando entre 26°C e 38°C) com uma infraestrutura hoteleira gigantesca fez com que o destino recebesse milhões de visitantes anualmente. Se o seu objetivo é entender por que a cidade de Olímpia se tornou a Orlando brasileira com parques como Thermas dos Laranjais e Hot Beach, este guia oferece todas as respostas e o caminho prático para sua visita.
Informações essenciais para sua viagem
Antes de mergulhar nas piscinas, é crucial entender a logística da cidade para otimizar seu tempo e orçamento.
- Como chegar: O aeroporto mais próximo é o de São José do Rio Preto (SJP), a cerca de 50 minutos de carro de Olímpia. Para quem sai de São Paulo capital de carro, o trajeto leva aproximadamente 5 a 6 horas pelas rodovias dos Bandeirantes (SP-348) e Washington Luís (SP-310).
- Melhor época para ir: Olímpia é um destino para o ano todo. No verão, as chuvas são mais frequentes, mas o calor é intenso. O inverno é seco e ameno, com dias quentes e noites frescas, ideal para aproveitar as águas aquecidas sem o sol escaldante de janeiro.
- Deslocamento interno: A maioria dos resorts oferece transfers gratuitos para os parques. Se estiver hospedado no centro, o uso de carro próprio ou aplicativos de transporte é recomendado.
Principais atrações: os pilares do turismo
O sucesso de Olímpia se deve à diversificação de suas atrações, que vão muito além de simples piscinas.
- Thermas dos Laranjais: É o parque aquático mais visitado da América Latina e o principal responsável pelo “boom” da cidade. Possui mais de 50 atrações, desde complexos de toboáguas radicais (como a montanha-russa aquática) até áreas de relaxamento e praias artificiais. É o equivalente aos grandes parques de aventura da Flórida.
- Hot Beach Olímpia: Mais novo e moderno, o Hot Beach oferece uma experiência de “resort premium”. É menos lotado que o Thermas e foca em famílias com crianças pequenas e casais que buscam tranquilidade. O destaque é a praia artificial com areia branca e ondas suaves, além de um rio lento extenso.
- Vale dos Dinossauros: Reforçando a temática de entretenimento similar a Orlando, este parque seco conta com réplicas animatrônicas de dinossauros em tamanho real. É uma atração rápida, ideal para o fim da tarde.
- Dreamland Museu de Cera: Outra atração que emula os polos turísticos internacionais, com estátuas de celebridades e personagens da cultura pop.
Roteiro sugerido de 4 dias
Para aproveitar a estrutura completa sem correria, recomenda-se um mínimo de três a quatro dias.
Dia 1: Adrenalina no Thermas dos Laranjais
Chegue cedo (o parque abre às 9h) para garantir espreguiçadeiras. O Thermas é imenso.
- Manhã: Foque nas atrações radicais como o “Lendário” e a “Montanha-russa Aquática” antes que as filas aumentem.
- Tarde: Relaxe na piscina de ondas (a única do mundo com ondas de até 3 metros) e no Rio Lento.
- Dica: O parque é muito grande para um dia só se você quiser ir em tudo, então priorize o que mais te atrai no mapa logo na entrada.
Dia 2: Relaxamento no Hot Beach
Após um dia agitado, o Hot Beach oferece o descanso necessário.
- Manhã: Aproveite a praia artificial com areia de verdade e coqueiros. A estrutura de bares na areia é excelente.
- Tarde: Leve as crianças para a área infantil, que é coberta e conta com baldes gigantes e escorregadores seguros.
- Noite: Jante na Vila Guarani, um espaço de entretenimento noturno localizado entre o Hot Beach e os resorts, com música ao vivo e gastronomia.
Dia 3: Atrações secas e cultura local
Olímpia também é a Capital Nacional do Folclore.
- Manhã: Visite o Vale dos Dinossauros. O passeio dura cerca de 1h30.
- Tarde: Visite o Museu de Cera Dreamland e o Ice Bar (bar de gelo) para uma experiência contrastante com o calor da cidade. Se tiver tempo, passe no Museu de História e Folclore Maria Olímpia para entender a raiz cultural da cidade.
- Noite: Explore a gastronomia do centro da cidade, na Avenida Aurora Forti Neves, a principal via gastronômica.
Dia 4: Repetição ou resort
Use o último dia para repetir seu parque favorito ou aproveitar a estrutura do seu hotel.
- Manhã: Muitos hotéis em Olímpia são verdadeiros complexos de lazer com piscinas termais próprias. Aproveite o check-out tardio se disponível.
- Tarde: Faça compras de lembranças e doces caseiros nas lojas do centro antes de pegar a estrada.
Dicas práticas e planejamento
Para que a experiência seja fluida e econômica, atente-se a estes detalhes:
- Ingressos: Compre antecipadamente online ou através de agências locais e recepções de hotéis. Os preços na bilheteria são sempre mais altos. Hóspedes dos resorts do grupo Hot Beach têm acesso gratuito ao parque homônimo.
- Hospedagem:
- Resorts: Wyndham, Enjoy e Hot Beach Suites oferecem experiência completa, estilo “Orlando”, com quartos grandes e cozinhas americanas.
- Pousadas: Para economizar, pousadas no centro da cidade são limpas, confortáveis e muito mais baratas, embora exijam transporte até os parques.
- Alimentação: Dentro dos parques, a comida é cobrada através de cartões de consumo pré-pagos (pulseiras). Para economizar, tome um café da manhã reforçado e faça lanches leves, deixando para jantar fora dos parques, onde a variedade e o preço são melhores.
- Calçados: Leve sapatilhas aquáticas (aquelas de neoprene). O chão dos parques esquenta muito com o sol do interior de São Paulo e caminhar descalço pode ser desconfortável.
Olímpia consolidou-se como a “Orlando Brasileira” não apenas pelas águas quentes, mas pela capacidade de criar um universo de férias onde a família inteira encontra diversão. Com planejamento antecipado dos ingressos e a escolha certa da hospedagem, sua viagem será um mergulho em infraestrutura de primeiro mundo com a hospitalidade calorosa do interior paulista.
