Durante o anúncio das mudanças no sistema de transporte de Belo Horizonte, o prefeito Álvaro Damião afirmou que um possível reajuste das tarifas de ônibus no início do próximo ano não tem relação com as ações implementadas pela gestão, como a ampliação do serviço na madrugada e a gratuidade aos domingos e feriados. Segundo ele, qualquer alteração no valor da passagem é definida pelo contrato em vigor.
O prefeito explicou que o reajuste anual é previsto no acordo firmado com as empresas e não representa aumento real de tarifa, mas uma recomposição de custos.
“As pessoas confundem aumento de tarifa com o contrato que existe. Existe um contrato que você tem que reajustar a passagem no dia 31 de dezembro e esse reajuste é para você recompor todas as perdas durante o ano, porque o diesel aumenta, o salário do motorista aumenta, (o salário) daquele que trabalha na garagem, o pneu aumenta e você tem que fazer um reajuste, não é o aumento da passagem”, disse.
Ele destacou que essa correção ocorre todos os anos, independentemente de novos programas da prefeitura. “Por exemplo, ano passado tivemos um aumento de R$ 0,50. Tinha catraca livre? Não tinha. Eu estou aqui há 55 anos e, todo ano, tem o reajuste da passagem”, explicou
Álvaro lembrou que o contrato atual, firmado por 20 anos, vai até 2028 e que, ao longo desse período, as tarifas sempre foram corrigidas, mesmo sem políticas adicionais como a recém-anunciada gratuidade aos domingos.
“Durante esses 18 anos teve alguma catraca livre? Não. E a passagem foi reajustada normalmente. Então isso não tem nada a ver se vai ter o reajuste ou não no final do ano, não tem nada a ver com o que a gente está fazendo, porque sempre teve o reajuste e nunca teve passagem de graça”, disse.
O prefeito reforçou que, caso haja reajuste em janeiro, será exclusivamente decorrente das regras contratuais e da variação de custos do setor, e não das novas medidas anunciadas.
